sábado, 3 de abril de 2010

Etapa 2 - a) Principais Pressupostos das Correntes Teóricas sobre Globalização: os Ultraglobalistas

Os ultraglobalizadores consideram a globalização como um processo que é indiferente às fronteiras nacionais estabelecidas, ou seja, que conduz a um mundo sem fronteiras, um mundo em que prevalecem as forças de mercado e com capacidade de reduzir o papel dos governos nacionais. Os ultraglobalizadores que fazem a apologia da globalização são sobretudo nada mais, nada menos que partidários neoliberais dos mercados livres e globais, que vêem no funcionamento dos mesmos a garantia de um crescimento económico ideal e o caminho, mesmo que a longo prazo, de alcançarem melhores níveis de vida para todos.

É interessante lembrar que os ultraglobalizadores adotam uma visão da globalização completamente oposta aos céticos, defendendo que a globalização é um fenômeno bem real e suas consequências se fazem sentir por todos os lados.

Segundo estes autores a globalização é um processo indiferente às fronteiras nacionais que afeta tudo e à todos sem exceção, e que afeta muito o papel do Estado-Nação que deixa de controlar as suas economias graças à liberalização e desregulamentação do comércio mundial. Orgazações supra-nacionais como a UE ou a OMC ou até mesmo ONG’s têm tido um papel preponderante na definição de políticas mundiais.

As relações econômicas passaram a ser comandadas pelas empresas transnacionais e outros atores, ou seja, o Estado perdeu poder político e econômico. Com a flexibilização das fronteiras nacionais, os mercados globais passaram a controlá-las. Um autor que acredita que o Estado perdeu poder político por exemplo é Ohmae, que considera que chegaram ao fim os Estados nacionais e suas fronteiras. Desaparece o papel do Estado como condutor das relações internacionais.

Outro autor que pode-se considerar um ultraglobalista é Thomas Friedman, que considera que o Estado não deixa de existir, mas passa a ter uma importância secundária. Passa a exercer a função de facilitador do processo de globalização. A preocupação central deixa de ser a segurança dos cidadãos e passa a ser identificada com a maximização dos ganhos e o desenvolvimento econômico. Há a idéia de Estado mínimo, ou seja, dá espaço para o mercado regular a economia e o deixa livre para atuar no processo de distribuição do capital.

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