terça-feira, 13 de abril de 2010

Etapa 4 - d) Clipping de Notícias

A crescente hegemonia do capital financeiro

O crescimento do sistema financeiro internacional constitui uma das principais características da globalização. Um volume crescente de capital acumulado é destinado à especulação propiciada pela desregulamentação dos mercados financeiros. Nos últimos quinze anos o crescimento da esfera financeira foi superior aos índices de crescimento dos investimentos, do PIB e do comércio exterior dos países desenvolvidos. Isto significa que, num contexto de desemprego crescente, miséria e exclusão social, um volume cada vez maior do capital produtivo é destinado à especulação.

O setor financeiro passou a gozar de grande autonomia em relação aos bancos centrais e instituições oficiais, ampliando o seu controle sobre o setor produtivo. Fundos de pensão e de seguros passaram a operar nesses mercados sem a intermediação das instituições financeiras oficiais. O avanço das telecomunicações e da informática aumentou a capacidade dos investidores realizarem transações em nível global. Cerca de 1,5 trilhão de dólares percorre as principais praças financeiras do planeta nas 24 horas do dia. Isso corresponde ao volume do comércio internacional em um ano.

Da noite para o dia esses capitais voláteis podem fugir de um país para outro, produzindo imensos desequilíbrios financeiros e instabilidade política. A crise mexicana de 94/95 revelou as conseqüências da desregulamentação financeira para os chamados mercados emergentes. Foram necessários empréstimos da ordem de 38 bilhões de dólares para que os EUA e o FMI evitassem a falência do Estado mexicano e o início de uma crise em cadeia do sistema financeiro internacional.

Ao sair em socorro dos especuladores, o governo dos Estados Unidos demonstrou quem são os seus verdadeiros parceiros no Nafta. Sob a forma da recessão, do desemprego e do arrocho dos salários, os trabalhadores mexicanos prosseguem pagando a conta dessa aventura. Nos períodos "normais" a transferência de riquezas para o setor financeiro se dá por meio do serviço da dívida pública, através da qual uma parte substancial dos orçamentos públicos são destinados para o pagamento das dívidas contraídas junto aos especuladores. O governo FHC destinou para o pagamento de juros da dívida pública um pouco mais de 20 bilhões de dólares em 96.


Novo Papel das Empresas Transnacionais

As empresas transnacionais constituem o carro chefe da globalização. Essa empresas possuem atualmente um grau de liberdade inédito, que se manifesta na mobilidade do capital industrial, nos deslocamentos, na terceirização e nas operações de aquisições e fusões. A globalização remove as barreiras à livre circulação do capital, que hoje se encontra em condições de definir estratégias globais para a sua acumulação.

Essas estratégias são na verdade cada vez mais excludentes. O raio de ação das transnacionais se concentra na órbita dos países desenvolvidos e alguns poucos países periféricos que alcançaram certo estágio de desenvolvimento. No entanto, o caráter setorial e diferenciado dessa inserção tem implicado, por um lado, na constituição de ilhas de excelência conectadas às empresas transnacionais e, por outro lado, na desindustrialização e o sucateamento de grande parte do parque industrial constituído no período anterior por meio da substituição de importações.

As estratégias globais das transnacionais estão sustentadas no aumento de produtividade possibilitado pelas novas tecnologias e métodos de gestão da produção. Tais estratégias envolvem igualmente investimentos externos diretos realizados pelas transnacionais e pelos governos dos seus países de origem. A partir de 1985 esses investimentos praticamente triplicaram e vêm crescendo em ritmos mais acelerados do que o comércio e a economia mundial.

Por meio desses investimentos as transnacionais operam processos de aquisição, fusão e terceirização segundo suas estratégias de controle do mercado e da produção. A maior parte desses fluxos de investimentos permanece concentrada nos países avançados, embora venha crescendo a participação dos países em desenvolvimento nos últimos cinco anos. A China e outros países asiáticos, são os principais receptores dos investimentos direitos. O Brasil ocupa o segundo lugar dessa lista, onde destacam-se os investimentos para aquisição de empresas privadas brasileiras (COFAP, Metal Leve etc.) e nos programas de privatização, em particular nos setores de infra-estrutura.


Liberalização e Regionalização do Comércio

O perfil altamente concentrado do comércio internacional também é indicativo do caráter excludente da globalização econômica. Cerca de 1/3 do comércio mundial é realizado entre as matrizes e filiais das empresas transnacionais e 1/3 entre as próprias transnacionais. Os acordos concluídos na Rodada Uruguai do GATT e a criação da OMC mostraram que a liberação do comércio não resultou no seu equilíbrio, estando cada vez mais concentrado entre os países desenvolvidos.

A dinâmica do comércio no Mercosul traduz essa tendência. Na realidade a integração do comércio nessa região, a exemplo do que ocorre com o Nafta e do que se planeja para a Alca em escala continental, tem favorecido sobretudo a atuação das empresas transnacionais, que constituem o carro chefe da regionalização.

O aumento do comércio entre os países do Mercosul nos últimos cinco anos foi da ordem de mais de 10 bilhões de dólares. Isto se deve em grande parte às facilidades que os produtos e as empresas transnacionais passaram a gozar com a eliminação das barreiras tarifárias no regime de união aduaneira incompleta que caracteriza o atual estágio do Mercosul. No mesmo período, o Mercosul acumulou um déficit de mais de 5 bilhões de dólares no seu comércio exterior. Este resultado reflete as conseqüências negativas das políticas nacionais de estabilização monetária ancoradas na valorização do câmbio e na abertura indiscriminada do comércio externo praticadas pelos governos FHC e Menem.

A liberalização do comércio e a abertura dos mercados nacionais têm produzido o acirramento da concorrência. A super exploração do trabalho é cada vez mais um instrumento dessa disputa. O trabalho infantil e o trabalho escravo são utilizados como vantagens comparativas na guerra comercial. Essa prática, conhecida como dumping (rebaixamento) social, consiste precisamente na violação de direitos fundamentais, utilizando a superexploração dos trabalhadores como vantagem comparativa na luta pela conquista de melhores posições no mercado mundial. Nesse contexto, as conquistas sindicais são apresentadas pelas empresas como um custo adicional que precisa ser eliminado ("custo Brasil", "custo Alemanha" etc.).


Principais tendências da globalização. Disponível em: http://www.coladaweb.com/geografia/globalizacao/principais-tendencias-da-globalizacao
 
 
Declaração ambiental é aprovada na Indonésia por mais de 130 países


Mais de 130 países aprovaram em fevereiro de 2010 a Declaração de Nusa Dua sobre o Meio Ambiente, que destaca a importância da preservação da biodiversidade e da adoção de uma "economia verde", baixa em carbono e que freie a mudança climática.

"Pouco após a conferência de Copenhague e da grande frustração que gerou, os ministros de Meio Ambiente de mais de 130 países voltaram a encontrar uma voz coletiva. O mundo deveria estar orgulhoso disto", afirmou o diretor-executivo do Programa das Nações Unida para o Meio Ambiente (Pnuma, na sigla em inglês), o alemão de origem brasileira Achim Steiner. Segundo o diplomata, o documento aprovado, entre outras coisas, vai proteger o ambiente do lixo eletrônico e do tráfico ilegal de resíduos tóxicos e promoverá a aproximação entre os avanços científicos e a comunidade política.


Declaração ambiental é aprovada na Indonésia por mais de 130 países. Disponível em:  http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u699446.shtml


Crise na Itália tem primeiro-ministro animado
 
Enquanto os mercados mergulhavam e os investidores entravam em pânico, o primeiro-ministro bilionário da Itália, Silvio Berlusconi, viu ações de algumas de suas empresas caírem 40%. Mesmo assim ele parecia otimista como sempre, jubilando-se até o amanhecer numa discoteca de Milão – após retornar de uma reunião com líderes europeus sobre como cuidar da crise financeira.


Além da teatralidade e do humor de vestiário masculino pelos quais a Itália tanto o ama quanto odeia, a afirmação refletia uma realidade: Berlusconi, de 72 anos, está com tudo, com poder e influência maiores do que nunca. A razão: esse homem com uma posição já sem paralelo no centro da economia e política da nação agora controla bilhões de dólares em dinheiro público para afiançar as empresas privadas caso precisem, o que provavelmente acontecerá.


Berlusconi “influencia a economia, que agora precisa do estado,” disse Stefano Folli, comentarista político. “Se precisa do estado, então precisa dele.”

Crise na Itália tem primeiro-ministro animado. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL846183-5602,00-CRISE+NA+ITALIA+TEM+PRIMEIROMINISTRO+ANIMADO.html


Cem dias de governo Obama foram uma 'abominação', diz acadêmico conservador

Jerome Corsi é autor de 'Obama nation', crítica lançada antes da eleição. Ele diz que presidente está levando país rumo ao socialismo. Por mais radical que fosse contra o então candidato democrata, e por mais que tenha sido amplamente rejeitado pela mídia do país, Corsi assistiu aos primeiros cem dias da nova administração se sentindo “vingado”: “Eu estava certo”, disse, em entrevista ao G1.

Os primeiros cem dias do governo Obama provam que eu estava certo no que escrevi em meu livro. Temos uma presidência de extrema-esquerda, que está guiando o país rapidamente rumo ao socialismo”, explicou. Para ele, “o governo Obama é uma abominação”, no sentido de uma coisa terrível, que vai levar o país a ter uma economia menor, menos força militar, e todos vão viver de forma pior em meio a uma longa depressão piorada por decisões do governo.


Cem dias de governo Obama foram uma 'abominação. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1103504-5602,00-CEM+DIAS+DE+GOVERNO+OBAMA+FORAM+UMA+ABOMINACAO+DIZ+ACADEMICO+CONSERVADOR.html

Etapa 4 - c) Avaliação do texto "A resiliência do Estado Nacional frente à globalização"

O texto de Ricupero (2008) trabalha a forma como o Estado reage diante da globalização. Sem desconsiderar outros autores que apontam o enfraquecimento do Estado em razão do processo de globalização. Ele afirma que os Estados possuem a capacidade de reagir às pressões da globalização e tem se mostrado cada vez mais fortes.

Ricupero explica o surgimento dos países e a proliferação dos Estados que se mantém até hoje. Levam-se também em consideração, alguns fatores agravantes para o surgimento dos Estados, como: crises internacionais, Unificação da Alemanha e da Itália, expansão do imperialismo europeu, dentre vários outros fatores. Mas o que se deve analisar é que, mediante a tantos obstáculos, os países ainda sonham com o desejo de criar novos Estados.


E mesmo com toda essa capacidade que os Estados têm demonstrado, Ricupero não exclui a idéia de que eles são submetidos a tensões e obstáculos, oriundas do avanço da globalização, como a ampliação das tensões causadas por atores não-estatais (2008, p. 134). Para ele, o Estado Nacional tem a característica de persistir, por mais falido que seja, com o exemplo da Somália que não tem governo central há mais de uma década e é partilhada por senhores feudais. Mesmo assim carrega aparência e até realidade de Estado Nacional.

A globalização expressa uma crescente interdependência das economias nacionais e a emergência de um sistema transnacional (financeiro, produtivo e comunicativo) que é dominante, e cujo fortalecimento coincide com o enfraquecimento da soberania dos Estados-nação, criação de ordens internacionais como a OMC e ONU.


Se percebermos a "globalização" como um conjunto de políticas que traduzem a iniciativa de uma potência dominante, os EUA, que se propõe exercer um papel hegemônico em relação a seus parceiros e competidores, não há como evitar a conclusão de que o avanço da globalização vem implicando em uma perda relativa de autonomia da maioria dos Estados nacionais. Verificou-se que os condicionantes da perda de autonomia do Estado Nacional referem-se a globalização dos mercados financeiros e a formação de espaços globais de produção e o avanço do comércio mundial, o que poderia ser resumido como a financeirização da economia.

Apesar de tudo, o autor comenta que depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 a preocupação dos Estados passou a ser a própria segurança. Ricupero considera que esses acontecimentos contribuíram para que a globalização não pudesse mais encontrar as condições para se manifestar com força.

Em relação ao argumento de que a criação de organizações internacionais como a OMC poderia contribuir para que o processo de globalização se aprofundasse e o Estado perdesse força, Hirst e Thompson (2002, p. 294) apontam que regimes de regulação, agências internacionais, chega a existir porque os principais Estados-nação concordam em criá-los. Além disso, Thompson e Hirst (2002, p. 295) argumentam que a importância fundamental que os Estados possuem se deve ao fato de serem os principais profissionais do governo como processo de distribuição de poder, ordenando outros governos, dando-lhes forma e legitimidade.

Ficando claro que os dois autores compartilham a visão de Ricupero de que o Estado tem encontrado formas de se fortalecer frente aos possíveis efeitos que o processo de globalização possa apresentar aos mesmos.

O texto de Ricupero apresenta, de um modo geral, uma visão de que os Estados Nacionais têm enfrentado obstáculos ao seu papel de principal ator das Relações Internacionais, mas que não quer dizer que seu papel tenha se enfraquecido. Pois os Estados têm mostrado cada vez mais sua força e novas formas de enfrentar esses obstáculos.



HIRST, Paul; THOMPSON, Grahame. Globalização em Questão: A economia internacional e as possibilidades de governabilidade. VOZES, Petrópolis, RJ, 2002.

RICUPERO, Rubens. A resilência do Estado Nacional diante da globalização. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v22n62/a09v2262.pdf. Acesso em: 09 abr. 2010.

Etapa 4 - b) Efeitos da Globalização sobre o Estado Nacional: A resiliência do Estado Nacional diante da globalização

O texto relata a capacidade dos países de estarem sempre mudando, resistindo ao tempo e as transformações. Afirma que os Estados permanecem firmes, mesmo sem muitas vezes ter um poder central. Ricupero afirma ainda que mesmo com toda a “novidade” da globalização, muitos Estados ainda resistem à mesma e adotam uma atitude nacionalista.

O autor cita os problemas atuais – guerras intermináveis no Iraque e Afeganistão e crise econômica de proporções inquietantes no seio da economia-centro do mundo globalizado – dificultam a volta de condições propícias a um novo auge da globalização” (RICUPERO,2008, p. 136). Porém, não deixa de acrescentar que a globalização impulsiona as forças transnacionais, os crescentes fluxos financeiros, servindo de base para o avanço tecnológico.

“Em suma, não é exagero sustentar que a globalização não sofreu retrocesso, mas perdeu por enquanto o que os americanos chamam de momentum, isto é, o ímpeto, o ritmo acelerado ostentado há doze ou quinze anos “(RICUPERO,2008,p. 137-138).

RICUPERO, Rubens. A resilência do Estado Nacional diante da globalização. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v22n62/a09v2262.pdf. Acesso em: 06 abril. 2010.




Etapa 3 - e) Clipping de Notícias

Globalização espalha crise da indústria automobilística pelo mundo

A notícia afirma que a queda nas vendas atingem EUA e restrição ao crédito, acabará atrapalhando o Brasil. O governo dos Estados Unidos precisou injetar US$ 17,4 bilhões para evitar a quebra da General Motors e da Chrysler e uma avalanche de desempregados pelo país. O Canadá foi atrás e colocou mais US$ 3,3 bilhões à disposição das empresas. Com a crise no mercado norte-americano, o México viu as vendas de veículos cair, e tenta escoar a produção para o Brasil e a Argentina, onde a restrição ao crédito também fez a procura por automóveis diminuir. Os reflexos chegam ao outro lado do mundo, com o pior desempenho comercial das montadoras japonesas no mercado interno, que resultou na demissão de vários trabalhadores, muitos deles brasileiros. E a emergente indústria da China e da Índia colocou o pé no freio do seu crescimento. A crise da indústria automobilística atingiu a sua globalização.


Globo.com. Globalização espalha crise da indústria automobilística pelo mundo. 22 de dezembro, 2008. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL930007-9658,00-GLOBALIZACAO+ESPALHA+CRISE+DA+INDUSTRIA+AUTOMOBILISTICA+PELO+MUNDO.html



Portugal é o 15º país mais globalizado do mundo

O estudo é do KOF - Swiss Economic Institute. Analisa 158 países e defende que, entre todos eles, Portugal ocupa a 15ª posição no índice de globalização para 2009. O índice anualmente preparado pelo organismo suíço nasce da análise de um conjunto de 24 variáveis ligadas a três dimensões principais: económica, social e política. A nível económico Portugal surge na 16ª posição, subindo para a 12ª posição se os dados forem apenas analisados no contexto da União Europeia. Na dimensão social desce para a 33ª posição e na dimensão política volta a subir para a 18ª posição. No contexto da UE estas duas dimensões colocam Portugal em 18º e 11º lugar, respectivamente.

As primeiras posições deste índice são ocupadas pela Bélgica, Irlanda e Suíça.


TEK. Portugal é o 15º país mais globalizado do mundo. 28 de janeiro, 2009. Disponível em: http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/portugal_e_o_15_pais_mais_globalizado_do_mund_910531.html


Globalização não traz benefícios a todos

Esse é o início do artigo no site do PNUD (Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento). Em discurso na ONU, Kofi Annan e Luiz Inácio Lula da Silva cobram mais esforços para atingir Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. 

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram na sede da ONU, em Nova York, que a globalização ainda não beneficiou os pobres. Ambos frisaram que o mundo precisa aumentar os esforços para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma série de metas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015, incluindo áreas como renda, saúde, educação e gênero.

Annan frisou que há benefícios, mas não para todos. “Os benefícios da globalização têm sido distribuídos de maneira desigual. Muito de seu peso recaiu mais fortemente sobre aqueles que menos podem se proteger. Muitas pessoas, particularmente nos países em desenvolvimento, sentem-se excluídas e ameaças pela globalização”, afirmou.

PNUD. Globalização não traz benefícios a todos. 04 de abril, 2010. Disponível em: http://www.pnud.org.br/gerapdf.php?id01=690


Fundo apoia vítimas da globalização

A Comissão Europeia apresentou uma proposta para a criação de um fundo anual de 500 milhões de euros anuais que, a partir de 2007 e até 2013, apoiará a reintegração dos trabalhadores europeus afetados pelas "mudanças nos padrões do comércio mundial", que tem provocado a deslocalização de empresas e o desaparecimento de postos de trabalho.


O Fundo Europeu de Ajustamento à Mundialização abrangerá até 50 mil trabalhadores de regiões e setores prejudicados pela globalização do comércio, estimando-se a atribuição de 10 mil euros de ajuda por desempregado, num período de 18 meses.

Os destinatários são desempregados de empresas multinacionais ou nacionais e pequenas e médias empresas.
 
Jornal de Notícias. Fundo apoia vítimas da globalização. 03 de fevereiro, 2006. Disponível em: http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=539247
 
 
Ministros do G8 debatem aspectos da globalização


Representantes das cinco principais nações emergentes, inclusive o, Brasil, estavam na reunião. Os ministros de Trabalho do G8 - grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia - iniciaram no dia 6 na cidade alemã de Dresden uma reunião de três dias para discutir, entre outros temas, os aspectos sociais da globalização. Os ministros de Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia também debateram estratégias para aumentar a oferta de emprego, a melhora do sistema de seguridade social nos países emergentes e em desenvolvimento, e a responsabilidade social das empresas.

No início da reunião, o ministro do Trabalho alemão e anfitrião do encontro, Franz Müntefering, exigiu dos países do G8 que a esfera social seja fundamental e permanente em suas deliberações. O ministro lembrou que atualmente apenas 20% dos habitantes do planeta desfrutam de "uma proteção social boa ou, pelo menos, suficiente", e defendeu a aplicação de padrões como os reivindicados pela Organização Mundial do Trabalho (OMT).


Franz Müntefering afirmou que a conferência de ministros de Trabalho do G8 relaciona-se diretamente com o fato de a Alemanha estar na Presidência rotativa da União Européia, já que o Governo alemão considera as questões trabalhista e social prioritárias de sua política.


IPCDIGITAL.COM. Ministros do G8 debatem aspectos da globalização. 08 de maio, 2007. Disponível em: http: //www.ipcdigital.com/br/Noticias/Mundo/Ministros-do-G8-debatem-aspectos-da-globalizacao


Depois de perder três eleições, empresário assume governo do Chile

Sebastián Piñera diz que seu governo é a favor da globalização e integração. Ele é um dos empresários mais ricos do Chile, da coligação Alianza (de centro-direita), que tentou por quatro vezes ser presidente da República. Na última tentativa, ele conseguiu ser vitorioso e levar a direita ao poder. A cerimônia de posse foi realizada no último dia 11.

Com uma campanha organizada, o empresário assumiu extra-oficialmente o governo ao participar das últimas definições para a reconstrução do país e ajuda às vítimas dos terremotos e tsunamis que atingiram os chilenos nos últimos dias. De personalidade ativa, Piñera avisou que vai trabalhar de “domingo a domingo”, escolheu toda sua equipe antes de assumir o governo e fez reuniões bilaterais com vários presidentes da República.

De acordo com a revista Forbes, Piñera teria um patrimônio de mais de US$ 1 bilhão. Ele é apontado como um dos homens mais ricos do Chile. É sócio majoritário da empresa aérea internacional LAN Chile, dono da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo-Colo – considerado um dos três principais do país ao lado do Universidad Católica e Universidad de Chile. Apesar de se apresentar como um conservador sem ligações com os militares, conta com o apoio da maioria deles, embora tenha feito campanha contra o prolongamento do mandato do ex-presidente Augusto Pinochet, em 1989. Para Piñera, não deve haver punição para os colaboradores do regime militar.

Agenda Brasil. Depois de perder três eleições, empresário assume governo do Chile. 11 de abril, 2010. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/171477

 
Ipea lança revista internacional Tempo do Mundo
 
 
Nesta primeira edição, a Tempo do Mundo conta com artigos sobre a relação do meio ambiente com o desenvolvimento, globalização e as oportunidades e os desafios desencadeados com a crise financeira mundial. Há artigos de pesquisadores chineses, do economista francês Ignacy Sachs e do sociólogo e cientista político brasileiro Emir Sader.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia do Rio, João Paulo de Almeida Magalhães, a revista é um espaços privilegiado para pesquisadores do eixo Sul-Sul apresentarem sugestões e análises objetivas sobre a região.



Agenda Brasil. Ipea lança revista internacional Tempo do Mundo. 18 de março, 2010. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/167182


Globalização e as desigualdades sociais



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Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: O capital financeiro no comando

Segundo Chesnais (2005) no cenário atual de mundialização da economia e da explicitação da vitória do mercado, esconde-se um modo específico de funcionamento e de dominação política e social do capitalismo. O capital financeiro, em sua forma atual, organizou-se por meio da desregulamentação e do desbloqueio dos sistemas financeiros por parte dos Estados nacionais mais poderosos. Para tanto, recorreu-se a políticas que facilitassem a centralização desse capital (CHESNAIS, 2005).

Ou seja, para Chesnais o capital financeiro industrial estende-se por quase todo o mundo, de modo que os grandes bancos, os fundos de investimentos, as sociedades financeiras e as grandes companhias de seguros comandam e se beneficiam desta nova forma do capitalismo. No entanto, estas instituições não chegaram nesta posição de vantagem se não contassem com a ajuda dos Estados.

O autor afirma que a globalização não é um processo integrador, muito pelo contrário, a globalização é desigual e excludente, pois a globalização e/ou capitalismo separa ainda mais os ricos dos pobres, existe, portanto, uma polarização na qual os Estados ricos ficam cada dia mais ricos, e os países pobres cada vez mais pobres.


CHESNAIS, François. Mundialização: O Capital Financeiro no Comando. Disponível em:  http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/35/art06_35.pdf

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: Globalização não é um jogo inocente

O relatório de Nicholas Stern, quando esteve aqui no Brasil em 2001, tem enfoque na relação aumento do comércio e redução da pobreza. Aproveitando a oportunidade, Stern concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo que afirmou ser benéfico que um país derrube barreiras comerciais de maneira seletiva, em pontos estratégicos, independente do protecionismo dos países ricos. Nesse relatório ele indica que os países mais globalizados são China e Índia.

Stern esclarece dizendo que o conceito de globalização utilizado foi o de integração comercial e, que estes países, depois de derrubarem barreiras comerciais foram beneficiados. Segundo Stern “se a globalização não é uma receita imediata para dar fim à pobreza em todos os lugares, ela certamente reduz nas economias comercialmente integradas”.



Entrevista com Nicholas Stern, Dezembro de 2001, “Globalização não é um jogo inocente”. Disponível em: http://www.globalizacion.org/entrevistas/SternGlobzBancoMundial.htm

Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: A Vitória dos Ricos na Globalização

Incrível como o texto inicia afirmando um pensamento que por anos, assola a sociedade: "As regras do jogo do capitalismo global por enquanto favoreceram muito mais os países industrializados do que as  nações em desenvolvimento". Esse é um tipo de pensamento ligado aos céticos, que além de nos passar um pensamento um tanto egoísta, nos passa a idéia de que não importa o que fassamos, [nós dos países em desenvolvimento] que o mérito acabará sempre aos países ricos [aos desenvolvidos].

Os países em desenvolvimento que muitas vezes se apoiaram na globalização para aumentar seu crescimento, perceberam pouco depois que ela também pode ser caracterizada como um processo  perigoso e de exclusão, uma vez que o capitalismo global e a onda de liberalização dos anos 90 causaram muitos estragos em economias que estavam crescendo e acabaram em uma profunda crise econômica. A passagem que prova a ligação entre o capitalismo e a globalização vem expresso na seguinte afirmação: “Ironicamente, os comunistas chineses ajudaram a provar que o capitalismo é indispensável para tirar as pessoas da pobreza”. O processo de globalização deixou marcas de tragédia espalhadas pelo planeta – e esse é o grande motivo pelo qual o processo não deve ser encarado como um agente neutro. Ele produz riqueza, mas também miséria. Ou seja, a globalização não tira ninguém da pobreza. Quem é pobre, continuará pobre, quem é rico, poderá ficar ainda mais rico.

Além desse pensamento, há uma outra passagem possível de se ver no texto. Os países em desenvolvimento continuam sendo prejudicados pelos subsídios que os países ricos dão aos produtores agrícolas nacionais. E isso tudo está longe de ser revertido com o aprofundamento da globalização.

Mas não é tudo negativo. No campo político, por exemplo, a globalização obteve grande sucesso no que se refere a levar idéias globais de democracia e liberdade para todos os cantos do mundo. A globalização, segundo os autores, serviu inclusive para passar uma idéia de que tudo o que acontece em qualquer parte do globo é observado pelas pessoas do mundo todo. Esse ponto é muito interessante, porque segundo Joseph Nye, os Estados Unidos mesmo sendo a "potência hegemônica", tem de prestar contas aos outros países.

Os americanos, mesmo sendo a fonte de sustentação para o capitalismo global, não conseguem resolver todos os problemas do mundo sozinhos. Não podem seguir isolados no mundo. Ninguém pode viver só. Há muitos problemas no mundo que um país sozinho não poderá resolver sozinho, como o terrorismo, o narcotráfico, a violência, etc..

ALCÂNTARA, Eurípedes; SALGADO, Eduardo. A vitória dos ricos na globalização. Revista Veja, 29/05/2002. Disponível em: http://veja.abril.com.br/290502/p_096.html