terça-feira, 13 de abril de 2010

Etapa 4 - d) Clipping de Notícias

A crescente hegemonia do capital financeiro

O crescimento do sistema financeiro internacional constitui uma das principais características da globalização. Um volume crescente de capital acumulado é destinado à especulação propiciada pela desregulamentação dos mercados financeiros. Nos últimos quinze anos o crescimento da esfera financeira foi superior aos índices de crescimento dos investimentos, do PIB e do comércio exterior dos países desenvolvidos. Isto significa que, num contexto de desemprego crescente, miséria e exclusão social, um volume cada vez maior do capital produtivo é destinado à especulação.

O setor financeiro passou a gozar de grande autonomia em relação aos bancos centrais e instituições oficiais, ampliando o seu controle sobre o setor produtivo. Fundos de pensão e de seguros passaram a operar nesses mercados sem a intermediação das instituições financeiras oficiais. O avanço das telecomunicações e da informática aumentou a capacidade dos investidores realizarem transações em nível global. Cerca de 1,5 trilhão de dólares percorre as principais praças financeiras do planeta nas 24 horas do dia. Isso corresponde ao volume do comércio internacional em um ano.

Da noite para o dia esses capitais voláteis podem fugir de um país para outro, produzindo imensos desequilíbrios financeiros e instabilidade política. A crise mexicana de 94/95 revelou as conseqüências da desregulamentação financeira para os chamados mercados emergentes. Foram necessários empréstimos da ordem de 38 bilhões de dólares para que os EUA e o FMI evitassem a falência do Estado mexicano e o início de uma crise em cadeia do sistema financeiro internacional.

Ao sair em socorro dos especuladores, o governo dos Estados Unidos demonstrou quem são os seus verdadeiros parceiros no Nafta. Sob a forma da recessão, do desemprego e do arrocho dos salários, os trabalhadores mexicanos prosseguem pagando a conta dessa aventura. Nos períodos "normais" a transferência de riquezas para o setor financeiro se dá por meio do serviço da dívida pública, através da qual uma parte substancial dos orçamentos públicos são destinados para o pagamento das dívidas contraídas junto aos especuladores. O governo FHC destinou para o pagamento de juros da dívida pública um pouco mais de 20 bilhões de dólares em 96.


Novo Papel das Empresas Transnacionais

As empresas transnacionais constituem o carro chefe da globalização. Essa empresas possuem atualmente um grau de liberdade inédito, que se manifesta na mobilidade do capital industrial, nos deslocamentos, na terceirização e nas operações de aquisições e fusões. A globalização remove as barreiras à livre circulação do capital, que hoje se encontra em condições de definir estratégias globais para a sua acumulação.

Essas estratégias são na verdade cada vez mais excludentes. O raio de ação das transnacionais se concentra na órbita dos países desenvolvidos e alguns poucos países periféricos que alcançaram certo estágio de desenvolvimento. No entanto, o caráter setorial e diferenciado dessa inserção tem implicado, por um lado, na constituição de ilhas de excelência conectadas às empresas transnacionais e, por outro lado, na desindustrialização e o sucateamento de grande parte do parque industrial constituído no período anterior por meio da substituição de importações.

As estratégias globais das transnacionais estão sustentadas no aumento de produtividade possibilitado pelas novas tecnologias e métodos de gestão da produção. Tais estratégias envolvem igualmente investimentos externos diretos realizados pelas transnacionais e pelos governos dos seus países de origem. A partir de 1985 esses investimentos praticamente triplicaram e vêm crescendo em ritmos mais acelerados do que o comércio e a economia mundial.

Por meio desses investimentos as transnacionais operam processos de aquisição, fusão e terceirização segundo suas estratégias de controle do mercado e da produção. A maior parte desses fluxos de investimentos permanece concentrada nos países avançados, embora venha crescendo a participação dos países em desenvolvimento nos últimos cinco anos. A China e outros países asiáticos, são os principais receptores dos investimentos direitos. O Brasil ocupa o segundo lugar dessa lista, onde destacam-se os investimentos para aquisição de empresas privadas brasileiras (COFAP, Metal Leve etc.) e nos programas de privatização, em particular nos setores de infra-estrutura.


Liberalização e Regionalização do Comércio

O perfil altamente concentrado do comércio internacional também é indicativo do caráter excludente da globalização econômica. Cerca de 1/3 do comércio mundial é realizado entre as matrizes e filiais das empresas transnacionais e 1/3 entre as próprias transnacionais. Os acordos concluídos na Rodada Uruguai do GATT e a criação da OMC mostraram que a liberação do comércio não resultou no seu equilíbrio, estando cada vez mais concentrado entre os países desenvolvidos.

A dinâmica do comércio no Mercosul traduz essa tendência. Na realidade a integração do comércio nessa região, a exemplo do que ocorre com o Nafta e do que se planeja para a Alca em escala continental, tem favorecido sobretudo a atuação das empresas transnacionais, que constituem o carro chefe da regionalização.

O aumento do comércio entre os países do Mercosul nos últimos cinco anos foi da ordem de mais de 10 bilhões de dólares. Isto se deve em grande parte às facilidades que os produtos e as empresas transnacionais passaram a gozar com a eliminação das barreiras tarifárias no regime de união aduaneira incompleta que caracteriza o atual estágio do Mercosul. No mesmo período, o Mercosul acumulou um déficit de mais de 5 bilhões de dólares no seu comércio exterior. Este resultado reflete as conseqüências negativas das políticas nacionais de estabilização monetária ancoradas na valorização do câmbio e na abertura indiscriminada do comércio externo praticadas pelos governos FHC e Menem.

A liberalização do comércio e a abertura dos mercados nacionais têm produzido o acirramento da concorrência. A super exploração do trabalho é cada vez mais um instrumento dessa disputa. O trabalho infantil e o trabalho escravo são utilizados como vantagens comparativas na guerra comercial. Essa prática, conhecida como dumping (rebaixamento) social, consiste precisamente na violação de direitos fundamentais, utilizando a superexploração dos trabalhadores como vantagem comparativa na luta pela conquista de melhores posições no mercado mundial. Nesse contexto, as conquistas sindicais são apresentadas pelas empresas como um custo adicional que precisa ser eliminado ("custo Brasil", "custo Alemanha" etc.).


Principais tendências da globalização. Disponível em: http://www.coladaweb.com/geografia/globalizacao/principais-tendencias-da-globalizacao
 
 
Declaração ambiental é aprovada na Indonésia por mais de 130 países


Mais de 130 países aprovaram em fevereiro de 2010 a Declaração de Nusa Dua sobre o Meio Ambiente, que destaca a importância da preservação da biodiversidade e da adoção de uma "economia verde", baixa em carbono e que freie a mudança climática.

"Pouco após a conferência de Copenhague e da grande frustração que gerou, os ministros de Meio Ambiente de mais de 130 países voltaram a encontrar uma voz coletiva. O mundo deveria estar orgulhoso disto", afirmou o diretor-executivo do Programa das Nações Unida para o Meio Ambiente (Pnuma, na sigla em inglês), o alemão de origem brasileira Achim Steiner. Segundo o diplomata, o documento aprovado, entre outras coisas, vai proteger o ambiente do lixo eletrônico e do tráfico ilegal de resíduos tóxicos e promoverá a aproximação entre os avanços científicos e a comunidade política.


Declaração ambiental é aprovada na Indonésia por mais de 130 países. Disponível em:  http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u699446.shtml


Crise na Itália tem primeiro-ministro animado
 
Enquanto os mercados mergulhavam e os investidores entravam em pânico, o primeiro-ministro bilionário da Itália, Silvio Berlusconi, viu ações de algumas de suas empresas caírem 40%. Mesmo assim ele parecia otimista como sempre, jubilando-se até o amanhecer numa discoteca de Milão – após retornar de uma reunião com líderes europeus sobre como cuidar da crise financeira.


Além da teatralidade e do humor de vestiário masculino pelos quais a Itália tanto o ama quanto odeia, a afirmação refletia uma realidade: Berlusconi, de 72 anos, está com tudo, com poder e influência maiores do que nunca. A razão: esse homem com uma posição já sem paralelo no centro da economia e política da nação agora controla bilhões de dólares em dinheiro público para afiançar as empresas privadas caso precisem, o que provavelmente acontecerá.


Berlusconi “influencia a economia, que agora precisa do estado,” disse Stefano Folli, comentarista político. “Se precisa do estado, então precisa dele.”

Crise na Itália tem primeiro-ministro animado. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL846183-5602,00-CRISE+NA+ITALIA+TEM+PRIMEIROMINISTRO+ANIMADO.html


Cem dias de governo Obama foram uma 'abominação', diz acadêmico conservador

Jerome Corsi é autor de 'Obama nation', crítica lançada antes da eleição. Ele diz que presidente está levando país rumo ao socialismo. Por mais radical que fosse contra o então candidato democrata, e por mais que tenha sido amplamente rejeitado pela mídia do país, Corsi assistiu aos primeiros cem dias da nova administração se sentindo “vingado”: “Eu estava certo”, disse, em entrevista ao G1.

Os primeiros cem dias do governo Obama provam que eu estava certo no que escrevi em meu livro. Temos uma presidência de extrema-esquerda, que está guiando o país rapidamente rumo ao socialismo”, explicou. Para ele, “o governo Obama é uma abominação”, no sentido de uma coisa terrível, que vai levar o país a ter uma economia menor, menos força militar, e todos vão viver de forma pior em meio a uma longa depressão piorada por decisões do governo.


Cem dias de governo Obama foram uma 'abominação. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1103504-5602,00-CEM+DIAS+DE+GOVERNO+OBAMA+FORAM+UMA+ABOMINACAO+DIZ+ACADEMICO+CONSERVADOR.html

Etapa 4 - c) Avaliação do texto "A resiliência do Estado Nacional frente à globalização"

O texto de Ricupero (2008) trabalha a forma como o Estado reage diante da globalização. Sem desconsiderar outros autores que apontam o enfraquecimento do Estado em razão do processo de globalização. Ele afirma que os Estados possuem a capacidade de reagir às pressões da globalização e tem se mostrado cada vez mais fortes.

Ricupero explica o surgimento dos países e a proliferação dos Estados que se mantém até hoje. Levam-se também em consideração, alguns fatores agravantes para o surgimento dos Estados, como: crises internacionais, Unificação da Alemanha e da Itália, expansão do imperialismo europeu, dentre vários outros fatores. Mas o que se deve analisar é que, mediante a tantos obstáculos, os países ainda sonham com o desejo de criar novos Estados.


E mesmo com toda essa capacidade que os Estados têm demonstrado, Ricupero não exclui a idéia de que eles são submetidos a tensões e obstáculos, oriundas do avanço da globalização, como a ampliação das tensões causadas por atores não-estatais (2008, p. 134). Para ele, o Estado Nacional tem a característica de persistir, por mais falido que seja, com o exemplo da Somália que não tem governo central há mais de uma década e é partilhada por senhores feudais. Mesmo assim carrega aparência e até realidade de Estado Nacional.

A globalização expressa uma crescente interdependência das economias nacionais e a emergência de um sistema transnacional (financeiro, produtivo e comunicativo) que é dominante, e cujo fortalecimento coincide com o enfraquecimento da soberania dos Estados-nação, criação de ordens internacionais como a OMC e ONU.


Se percebermos a "globalização" como um conjunto de políticas que traduzem a iniciativa de uma potência dominante, os EUA, que se propõe exercer um papel hegemônico em relação a seus parceiros e competidores, não há como evitar a conclusão de que o avanço da globalização vem implicando em uma perda relativa de autonomia da maioria dos Estados nacionais. Verificou-se que os condicionantes da perda de autonomia do Estado Nacional referem-se a globalização dos mercados financeiros e a formação de espaços globais de produção e o avanço do comércio mundial, o que poderia ser resumido como a financeirização da economia.

Apesar de tudo, o autor comenta que depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 a preocupação dos Estados passou a ser a própria segurança. Ricupero considera que esses acontecimentos contribuíram para que a globalização não pudesse mais encontrar as condições para se manifestar com força.

Em relação ao argumento de que a criação de organizações internacionais como a OMC poderia contribuir para que o processo de globalização se aprofundasse e o Estado perdesse força, Hirst e Thompson (2002, p. 294) apontam que regimes de regulação, agências internacionais, chega a existir porque os principais Estados-nação concordam em criá-los. Além disso, Thompson e Hirst (2002, p. 295) argumentam que a importância fundamental que os Estados possuem se deve ao fato de serem os principais profissionais do governo como processo de distribuição de poder, ordenando outros governos, dando-lhes forma e legitimidade.

Ficando claro que os dois autores compartilham a visão de Ricupero de que o Estado tem encontrado formas de se fortalecer frente aos possíveis efeitos que o processo de globalização possa apresentar aos mesmos.

O texto de Ricupero apresenta, de um modo geral, uma visão de que os Estados Nacionais têm enfrentado obstáculos ao seu papel de principal ator das Relações Internacionais, mas que não quer dizer que seu papel tenha se enfraquecido. Pois os Estados têm mostrado cada vez mais sua força e novas formas de enfrentar esses obstáculos.



HIRST, Paul; THOMPSON, Grahame. Globalização em Questão: A economia internacional e as possibilidades de governabilidade. VOZES, Petrópolis, RJ, 2002.

RICUPERO, Rubens. A resilência do Estado Nacional diante da globalização. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v22n62/a09v2262.pdf. Acesso em: 09 abr. 2010.

Etapa 4 - b) Efeitos da Globalização sobre o Estado Nacional: A resiliência do Estado Nacional diante da globalização

O texto relata a capacidade dos países de estarem sempre mudando, resistindo ao tempo e as transformações. Afirma que os Estados permanecem firmes, mesmo sem muitas vezes ter um poder central. Ricupero afirma ainda que mesmo com toda a “novidade” da globalização, muitos Estados ainda resistem à mesma e adotam uma atitude nacionalista.

O autor cita os problemas atuais – guerras intermináveis no Iraque e Afeganistão e crise econômica de proporções inquietantes no seio da economia-centro do mundo globalizado – dificultam a volta de condições propícias a um novo auge da globalização” (RICUPERO,2008, p. 136). Porém, não deixa de acrescentar que a globalização impulsiona as forças transnacionais, os crescentes fluxos financeiros, servindo de base para o avanço tecnológico.

“Em suma, não é exagero sustentar que a globalização não sofreu retrocesso, mas perdeu por enquanto o que os americanos chamam de momentum, isto é, o ímpeto, o ritmo acelerado ostentado há doze ou quinze anos “(RICUPERO,2008,p. 137-138).

RICUPERO, Rubens. A resilência do Estado Nacional diante da globalização. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v22n62/a09v2262.pdf. Acesso em: 06 abril. 2010.




Etapa 3 - e) Clipping de Notícias

Globalização espalha crise da indústria automobilística pelo mundo

A notícia afirma que a queda nas vendas atingem EUA e restrição ao crédito, acabará atrapalhando o Brasil. O governo dos Estados Unidos precisou injetar US$ 17,4 bilhões para evitar a quebra da General Motors e da Chrysler e uma avalanche de desempregados pelo país. O Canadá foi atrás e colocou mais US$ 3,3 bilhões à disposição das empresas. Com a crise no mercado norte-americano, o México viu as vendas de veículos cair, e tenta escoar a produção para o Brasil e a Argentina, onde a restrição ao crédito também fez a procura por automóveis diminuir. Os reflexos chegam ao outro lado do mundo, com o pior desempenho comercial das montadoras japonesas no mercado interno, que resultou na demissão de vários trabalhadores, muitos deles brasileiros. E a emergente indústria da China e da Índia colocou o pé no freio do seu crescimento. A crise da indústria automobilística atingiu a sua globalização.


Globo.com. Globalização espalha crise da indústria automobilística pelo mundo. 22 de dezembro, 2008. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL930007-9658,00-GLOBALIZACAO+ESPALHA+CRISE+DA+INDUSTRIA+AUTOMOBILISTICA+PELO+MUNDO.html



Portugal é o 15º país mais globalizado do mundo

O estudo é do KOF - Swiss Economic Institute. Analisa 158 países e defende que, entre todos eles, Portugal ocupa a 15ª posição no índice de globalização para 2009. O índice anualmente preparado pelo organismo suíço nasce da análise de um conjunto de 24 variáveis ligadas a três dimensões principais: económica, social e política. A nível económico Portugal surge na 16ª posição, subindo para a 12ª posição se os dados forem apenas analisados no contexto da União Europeia. Na dimensão social desce para a 33ª posição e na dimensão política volta a subir para a 18ª posição. No contexto da UE estas duas dimensões colocam Portugal em 18º e 11º lugar, respectivamente.

As primeiras posições deste índice são ocupadas pela Bélgica, Irlanda e Suíça.


TEK. Portugal é o 15º país mais globalizado do mundo. 28 de janeiro, 2009. Disponível em: http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/portugal_e_o_15_pais_mais_globalizado_do_mund_910531.html


Globalização não traz benefícios a todos

Esse é o início do artigo no site do PNUD (Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento). Em discurso na ONU, Kofi Annan e Luiz Inácio Lula da Silva cobram mais esforços para atingir Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. 

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram na sede da ONU, em Nova York, que a globalização ainda não beneficiou os pobres. Ambos frisaram que o mundo precisa aumentar os esforços para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma série de metas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015, incluindo áreas como renda, saúde, educação e gênero.

Annan frisou que há benefícios, mas não para todos. “Os benefícios da globalização têm sido distribuídos de maneira desigual. Muito de seu peso recaiu mais fortemente sobre aqueles que menos podem se proteger. Muitas pessoas, particularmente nos países em desenvolvimento, sentem-se excluídas e ameaças pela globalização”, afirmou.

PNUD. Globalização não traz benefícios a todos. 04 de abril, 2010. Disponível em: http://www.pnud.org.br/gerapdf.php?id01=690


Fundo apoia vítimas da globalização

A Comissão Europeia apresentou uma proposta para a criação de um fundo anual de 500 milhões de euros anuais que, a partir de 2007 e até 2013, apoiará a reintegração dos trabalhadores europeus afetados pelas "mudanças nos padrões do comércio mundial", que tem provocado a deslocalização de empresas e o desaparecimento de postos de trabalho.


O Fundo Europeu de Ajustamento à Mundialização abrangerá até 50 mil trabalhadores de regiões e setores prejudicados pela globalização do comércio, estimando-se a atribuição de 10 mil euros de ajuda por desempregado, num período de 18 meses.

Os destinatários são desempregados de empresas multinacionais ou nacionais e pequenas e médias empresas.
 
Jornal de Notícias. Fundo apoia vítimas da globalização. 03 de fevereiro, 2006. Disponível em: http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=539247
 
 
Ministros do G8 debatem aspectos da globalização


Representantes das cinco principais nações emergentes, inclusive o, Brasil, estavam na reunião. Os ministros de Trabalho do G8 - grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia - iniciaram no dia 6 na cidade alemã de Dresden uma reunião de três dias para discutir, entre outros temas, os aspectos sociais da globalização. Os ministros de Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Estados Unidos, Canadá, Japão e Rússia também debateram estratégias para aumentar a oferta de emprego, a melhora do sistema de seguridade social nos países emergentes e em desenvolvimento, e a responsabilidade social das empresas.

No início da reunião, o ministro do Trabalho alemão e anfitrião do encontro, Franz Müntefering, exigiu dos países do G8 que a esfera social seja fundamental e permanente em suas deliberações. O ministro lembrou que atualmente apenas 20% dos habitantes do planeta desfrutam de "uma proteção social boa ou, pelo menos, suficiente", e defendeu a aplicação de padrões como os reivindicados pela Organização Mundial do Trabalho (OMT).


Franz Müntefering afirmou que a conferência de ministros de Trabalho do G8 relaciona-se diretamente com o fato de a Alemanha estar na Presidência rotativa da União Européia, já que o Governo alemão considera as questões trabalhista e social prioritárias de sua política.


IPCDIGITAL.COM. Ministros do G8 debatem aspectos da globalização. 08 de maio, 2007. Disponível em: http: //www.ipcdigital.com/br/Noticias/Mundo/Ministros-do-G8-debatem-aspectos-da-globalizacao


Depois de perder três eleições, empresário assume governo do Chile

Sebastián Piñera diz que seu governo é a favor da globalização e integração. Ele é um dos empresários mais ricos do Chile, da coligação Alianza (de centro-direita), que tentou por quatro vezes ser presidente da República. Na última tentativa, ele conseguiu ser vitorioso e levar a direita ao poder. A cerimônia de posse foi realizada no último dia 11.

Com uma campanha organizada, o empresário assumiu extra-oficialmente o governo ao participar das últimas definições para a reconstrução do país e ajuda às vítimas dos terremotos e tsunamis que atingiram os chilenos nos últimos dias. De personalidade ativa, Piñera avisou que vai trabalhar de “domingo a domingo”, escolheu toda sua equipe antes de assumir o governo e fez reuniões bilaterais com vários presidentes da República.

De acordo com a revista Forbes, Piñera teria um patrimônio de mais de US$ 1 bilhão. Ele é apontado como um dos homens mais ricos do Chile. É sócio majoritário da empresa aérea internacional LAN Chile, dono da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo-Colo – considerado um dos três principais do país ao lado do Universidad Católica e Universidad de Chile. Apesar de se apresentar como um conservador sem ligações com os militares, conta com o apoio da maioria deles, embora tenha feito campanha contra o prolongamento do mandato do ex-presidente Augusto Pinochet, em 1989. Para Piñera, não deve haver punição para os colaboradores do regime militar.

Agenda Brasil. Depois de perder três eleições, empresário assume governo do Chile. 11 de abril, 2010. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/171477

 
Ipea lança revista internacional Tempo do Mundo
 
 
Nesta primeira edição, a Tempo do Mundo conta com artigos sobre a relação do meio ambiente com o desenvolvimento, globalização e as oportunidades e os desafios desencadeados com a crise financeira mundial. Há artigos de pesquisadores chineses, do economista francês Ignacy Sachs e do sociólogo e cientista político brasileiro Emir Sader.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia do Rio, João Paulo de Almeida Magalhães, a revista é um espaços privilegiado para pesquisadores do eixo Sul-Sul apresentarem sugestões e análises objetivas sobre a região.



Agenda Brasil. Ipea lança revista internacional Tempo do Mundo. 18 de março, 2010. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/167182


Globalização e as desigualdades sociais



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Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: O capital financeiro no comando

Segundo Chesnais (2005) no cenário atual de mundialização da economia e da explicitação da vitória do mercado, esconde-se um modo específico de funcionamento e de dominação política e social do capitalismo. O capital financeiro, em sua forma atual, organizou-se por meio da desregulamentação e do desbloqueio dos sistemas financeiros por parte dos Estados nacionais mais poderosos. Para tanto, recorreu-se a políticas que facilitassem a centralização desse capital (CHESNAIS, 2005).

Ou seja, para Chesnais o capital financeiro industrial estende-se por quase todo o mundo, de modo que os grandes bancos, os fundos de investimentos, as sociedades financeiras e as grandes companhias de seguros comandam e se beneficiam desta nova forma do capitalismo. No entanto, estas instituições não chegaram nesta posição de vantagem se não contassem com a ajuda dos Estados.

O autor afirma que a globalização não é um processo integrador, muito pelo contrário, a globalização é desigual e excludente, pois a globalização e/ou capitalismo separa ainda mais os ricos dos pobres, existe, portanto, uma polarização na qual os Estados ricos ficam cada dia mais ricos, e os países pobres cada vez mais pobres.


CHESNAIS, François. Mundialização: O Capital Financeiro no Comando. Disponível em:  http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/35/art06_35.pdf

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: Globalização não é um jogo inocente

O relatório de Nicholas Stern, quando esteve aqui no Brasil em 2001, tem enfoque na relação aumento do comércio e redução da pobreza. Aproveitando a oportunidade, Stern concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo que afirmou ser benéfico que um país derrube barreiras comerciais de maneira seletiva, em pontos estratégicos, independente do protecionismo dos países ricos. Nesse relatório ele indica que os países mais globalizados são China e Índia.

Stern esclarece dizendo que o conceito de globalização utilizado foi o de integração comercial e, que estes países, depois de derrubarem barreiras comerciais foram beneficiados. Segundo Stern “se a globalização não é uma receita imediata para dar fim à pobreza em todos os lugares, ela certamente reduz nas economias comercialmente integradas”.



Entrevista com Nicholas Stern, Dezembro de 2001, “Globalização não é um jogo inocente”. Disponível em: http://www.globalizacion.org/entrevistas/SternGlobzBancoMundial.htm

Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo: A Vitória dos Ricos na Globalização

Incrível como o texto inicia afirmando um pensamento que por anos, assola a sociedade: "As regras do jogo do capitalismo global por enquanto favoreceram muito mais os países industrializados do que as  nações em desenvolvimento". Esse é um tipo de pensamento ligado aos céticos, que além de nos passar um pensamento um tanto egoísta, nos passa a idéia de que não importa o que fassamos, [nós dos países em desenvolvimento] que o mérito acabará sempre aos países ricos [aos desenvolvidos].

Os países em desenvolvimento que muitas vezes se apoiaram na globalização para aumentar seu crescimento, perceberam pouco depois que ela também pode ser caracterizada como um processo  perigoso e de exclusão, uma vez que o capitalismo global e a onda de liberalização dos anos 90 causaram muitos estragos em economias que estavam crescendo e acabaram em uma profunda crise econômica. A passagem que prova a ligação entre o capitalismo e a globalização vem expresso na seguinte afirmação: “Ironicamente, os comunistas chineses ajudaram a provar que o capitalismo é indispensável para tirar as pessoas da pobreza”. O processo de globalização deixou marcas de tragédia espalhadas pelo planeta – e esse é o grande motivo pelo qual o processo não deve ser encarado como um agente neutro. Ele produz riqueza, mas também miséria. Ou seja, a globalização não tira ninguém da pobreza. Quem é pobre, continuará pobre, quem é rico, poderá ficar ainda mais rico.

Além desse pensamento, há uma outra passagem possível de se ver no texto. Os países em desenvolvimento continuam sendo prejudicados pelos subsídios que os países ricos dão aos produtores agrícolas nacionais. E isso tudo está longe de ser revertido com o aprofundamento da globalização.

Mas não é tudo negativo. No campo político, por exemplo, a globalização obteve grande sucesso no que se refere a levar idéias globais de democracia e liberdade para todos os cantos do mundo. A globalização, segundo os autores, serviu inclusive para passar uma idéia de que tudo o que acontece em qualquer parte do globo é observado pelas pessoas do mundo todo. Esse ponto é muito interessante, porque segundo Joseph Nye, os Estados Unidos mesmo sendo a "potência hegemônica", tem de prestar contas aos outros países.

Os americanos, mesmo sendo a fonte de sustentação para o capitalismo global, não conseguem resolver todos os problemas do mundo sozinhos. Não podem seguir isolados no mundo. Ninguém pode viver só. Há muitos problemas no mundo que um país sozinho não poderá resolver sozinho, como o terrorismo, o narcotráfico, a violência, etc..

ALCÂNTARA, Eurípedes; SALGADO, Eduardo. A vitória dos ricos na globalização. Revista Veja, 29/05/2002. Disponível em: http://veja.abril.com.br/290502/p_096.html

domingo, 11 de abril de 2010

Etapa 3 - c) e d) O Processo de Globalização e o Capitalismo

Etapa 3 - b) O Desenvolvimento do Sistema Capitalista de Produção: Capitalismo Comercial

O Capitalismo como sistema como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. O capitalismo evoluiu gradativamente, e de acordo com o Prof Franco, foi se transformando à medida que vinha surgindo novas dificuldades. Para ele, o sistema capitalista sempre apresentou, ao longo de sua história, dinamismo. Isso se explica devido ao seu profundo enraizamento histórico e cultural, pois sua origem é muito antiga (final da idade média) e sua evolução histórica muito lenta. Gradativamente, ele foi se sobreponto a outras formas de produção, até se tornar hegemônico, que ocorreu em sua fase industrial.

O Prof Franco, divide o capitalismo em quatro fases:



De um modo geral, o capitalismo está voltado para a fabricação de produtos comercializáveis, com o objetivo de obter lucro. Nas sociedades capitalistas, o elemento da economia é o capital. Como no capitalismo a produção se destina ao mercado, o prof Franco considera que os países capitalistas adotam uma economia de mercado. É em função do mercado, que se desenvolve a produção, circulação e o consumo dos produtos.


FRANCO, Prof. Produção de Produção Capitalista: Capitalismo Comercial, 2007. Disponível em: www.portalimpacto.com.br

Etapa 3 - b) O Desenvolvimento do Sistema Capitalista de Produção: Caracerísticas do Capitalismo

Fonte: portalimpacto.com.br

Etapa 3 - a) Histórico do Processo de Globalização e o Desenvolvimento do Sistema Capitalista: Histórico da Globalização

O objetivo do artigo " Histórico da Globalização" é analisar o processo da globalização, através de uma intensa revolução nas tecnologias de informação: telefones, computadores e televisão, que para ele tem contribuindo de forma surpreendente para a maior integração de todo o mundo. Isso faz com que a globalização ultrapasse os limites da economia e política, e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural entre os países. Temos como exemplo disso a forte influência da cultura americana em todo o mundo.

Para o autor, fatos históricos marcantes ocorridos entre o final da década de 1980 e o início da de 1990 determinaram um processo de rápidas mudanças políticas e econômicas no mundo. Como os seguintes acontecimentos: A queda do Muro de Berlim em 1989; O fim da Guerra Fria; O fim da política do Apartheid e a eleição de Nelson Mandela para presidente, na África do Sul; O grande crescimento econômico de alguns países asiáticos (Japão, Taiwan, China, Hong-kong, Cingapura), levando a crer que constituirão a região mais rica do Século XXI; O fortalecimento do capitalismo em sua atual forma, ou seja, o neoliberalismo; O grande desenvolvimento científico e tecnológico ou Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica.

O artigo analisa detalhadamente cada ponto histórico mencionado acima. O autor explica que até  praticamente 1989, ano da queda do Muro de Berlim, o mundo vivia no clima da Guerra Fria. De um lado, havia o bloco de países capitalistas, comandados pelo Estados Unidos, de outro, o de países socialistas, liderado pela ex-União Soviética, configurando uma ordem mundial bipolar.A queda do Muro de Berlim, com a reunificação da Alemanha, e muitos outros acontecimentos do Leste Europeu alteraram profundamente o sistema de forças até então existente no mundo.

De um sistema de polaridades definidas passou-se, então, para um sistema de polaridades indefinidas ou para a multipolarização econômica do mundo. O confronto ideológico (capitalismo versus socialismo real) passou-se para a disputa econômica entre países e blocos de países. O beneficiário dessa mudança, historicamente rápida, que deixou muitas pessoas assustadas, foi o sistema capitalista, que pôde expandir-se praticamente hegemônico na organização da vida social em todas as suas esferas (política, econômica e cultural). Assim, o capitalismo mundializou-se, globalizou-se e universalizou-se, invadiu os espaços geográficos que até então se encontravam sob o regime de economia centralmente planificada ou nos quais ainda se pensava poder viver a experiência socialista.

O que fica claro nisso tudo é que a globalização não é um acontecimento recente. De acordo com alguns autores, ela se iniciou já nos séculos XV e XVI, com a expansão marítimo-comercial européia, conseqüentemente a do próprio capitalismo e continuou nos séculos seguintes. O que diferencia aquela globalização ou mundialização da atual é a velocidade e abrangência de seu processo, muito maior hoje. Mas o que chama a atenção na atual é, sobretudo o fato de generalizar-se em vista da falência do socialismo real. De repente, o mundo tornou-se capitalista e globalizado.


BRANCO, Eustáquio Lagoeiro. O que é globalização? - Histórico da globalização, 2003. Disponível em: http://eduquenet.net/textglobalizacao.htm

domingo, 4 de abril de 2010

Etapa 3 - a) Histórico do Processo de Globalização e o Desenvolvimento do Sistema Capitalista: Globalização, ontem e hoje

Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a égide das monarquias absolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios coloniais. Os principais desafios que enfrentam advinham das rivalidades entre elas, seja pelas disputas dinásticas-territoriais ou pela posse de novas colônias no além mar, sem esquecer-se do enorme estragos que os corsários e piratas faziam, especialmente nos séculos 16 e 17, contra os navios carregados de ouro e prata e produtos coloniais.


A doutrina econômica desta primeira fase foi o mercantilismo, adotado pela maioria das monarquias européias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos. Ele compreendia numa complexa legislação que recorria a medidas protecionistas, incentivos fiscais e doação de monopólios, para promover a prosperidade geral. A produção e distribuição do comércio internacional era feita por mercadores privados e por grandes companhias comerciais (as Cias. inglesas e holandesas das Índias Orientais e Ocidentais) e, em geral, eram controladas localmente por corporações de ofício. Todo o universo econômico destinava-se a um só fim, entesourar, acumular riqueza.

Os principais acontecimentos que marcam a transição da primeira fase da globalização para a segunda dão-se nos campos da técnica e da política. A partir do século 18, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois dela, a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália. A máquina à vapor é introduzida nos transportes terrestres (estradas-de-ferro) e marítimos (barcos à vapor) Conseqüentemente esta nova época será regida pelos interesses da indústria e das finanças, sua associada e, por vezes amplamenente dominante, e não mais das motivações dinásticas-mercantís. Será a grande burguesia industrial e bancária, e não mais os administradores das corporações mercantis e os funcionários reais quem liderará o processo.

Cada uma das potências européias rivaliza-se com as demais na luta pela hegemonia do mundo, ou como disse John Strachey: “lançaram-se unanimemente, numa rivalidade feroz...para anexar o resto do mundo”. O resultado é um acirramento da corrida imperialista e da política belicista que levará os europeus à duas guerras mundiais, a de 1914-18 e a de 1939-45. Entrementes outros aspectos técnicos ajudam a globalização: o trem e o barco à vapor encurtam as distâncias, o telégrafo e , em seguida, o telefone, aproximam os continentes e os interesses ainda mais. E, principalmente depois do vôo transatlântico de Charles Lindbergh em 1927, a aviação passa a ser mais um elemento que permite o mundo tornar-se menor.

“O conceito do direito mundial de cidadania não os protege (os povos) contra a agressão e a guerra, mas a mútua convivência e proveito os aproxima e une. O espirito comercial, incompatível com a guerra, se apodera tarde ou cedo dos povos. De todos os poderes subordinados à força do Estado, é o poder do dinheiro que inspira mais confiança e por isto os Estados se vêm obrigados - não certamente por motivos morais- a fomentar a paz...” - I.Kant - A paz perpétua, 1795


No decorrer do século 20 três grandes projetos de liderança da globalização conflitaram-se entre si: o comunista, inaugurado com a Revolução bolchevique de 1917 e reforçado pela revolução maoista na China em 1949; o da contra-revolução nazi-fascista que, em grande parte, foi uma poderosa reação direitista ao projeto comunista, surgido nos anos de 1919, na Itália e na Alemanha, extendendo-se ao Japão, que foi esmagado no final da 2ª Guerra Mundial, em 1945; e, finalmente, o projeto liberal-capitalista liderado pelos países anglo-saxãos, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.


Num primeiro momento ocorreu a aliança entre o liberalismo e o comunismo (em 1941-45) para a auto-defesa e, depois, a destruição do nazi-fascismo. Num segundo momento os vencedores, os EUA e a URSS, se desentenderam gerando a guerra fria (1947-1989), onde o liberalismo norte-americano rivalizou-se com o comunismo soviético numa guerra ideológica mundial e numa competição armamentista e tecnológica que quase levou a humanidade a uma catástrofe (a crise dos mísseis de 1962).

Com a política da glasnost, adotada por Mikhail Gorbachov na URSS desde 1986, a guerra fria encerrou-se e os Estados Unidos proclamaram-se vencedores. O momento símbolo disto foi a derrubada do Muro de Berlim ocorrida em novembro de 1989, acompanhada da retirada das tropas soviéticas da Alemanha reunificada e seguida da dissolução da URSS em 1991. A China comunista, por sua vez, que desde os anos 70 adotara as reformas visando sua modernização, abriu-se em várias zonas especiais para a implantação de indústrias multinacionais. A política de Deng Xiaoping de conciliar o investimento capitalista com o monopólio do poder do partido comunista, esvaziou o regime do seu conteúdo ideológico anterior. Desde então só restou hegemônica no moderno sistema mundial a economia-mundo capitalista, não havendo nenhuma outra barreira a antepor-se à globalização.

Chegamos desta forma a situação presente onde sobreviveu uma só superpotência mundial: os Estados Unidos. É a única que tem condições operacionais de realizar intervenções militares em qualquer canto do planeta (Kuwait em 1991, Haiti em 1994, Somália em 1996, Bosnia em 1997, etc..). Enquanto na segunda fase da globalização vivia-se na esfera da libra esterlina, agora é a era do dólar, enquanto que o idioma inglês tornou-se a língua universal por excelência. Pode-se até afirmar que a globalização recente nada mais é do que a americanização do mundo.

O domínio da tecnologia por um seleto grupo de países ricos, porém, abriu um fosso com os demais, talvez o mais profundo em toda a história conhecida. Roma, quando império universal, era superior aos outros povos apenas na arte militar, na engenharia e no direito. Hoje os países-núcleos da globalização (os integrantes do G-7), distam, em qualquer campo do conhecimento, anos-luz dos países do Terceiro Mundo.


Ninguém tem a resposta nem a solução para atenuar este abismo entre os ricos do Norte e os pobres do Sul que só se ampliou. No entanto, é bom que se reconheça que tais diferenças não resultam de um novo processo de espoliação como os praticados anteriormente pelo colonialismo e pelo imperialismo, pois não implicaram numa dominação política, havendo, bem ao contrário, uma aproximação e busca de intercâmbio e cooperação.

Imagina-se que a Globalização, seguindo o seu curso natural, irá enfraquecer cada vez mais os estados-nacionais surgidos há cinco séculos atrás, ou dar-lhes novas formas e funções, fazendo com que novas instituições supranacionais gradativamente os substituam. Com a formação dos mercados regionais ou intercontinentais (Nafta, Unidade Européia, Comunidade Econômica Independente [a ex-URSS], o Mercosul e o Japão com os tigres asiáticos), e com a conseqüente interdependência entre eles, assentam-se as bases para os futuros governos transnacionais que, provavelmente, servirão como unidades federativas de uma administração mundial a ser constituída. É bem provável que ao findar o século 21, talvez até antes, a humanidade conhecerá por fim um governo universal, atingindo-se assim o sonho dos filósofos estóicos do homem cosmopolita, aquele que se sentirá em casa em qualquer parte da Terra.

SCHILLING, Voltaire. História: Globalização, ontem e hoje. Disponível em: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualidade/globalizacao.htm

Etapa 3 - a) Histórico do Processo de Globalização e o Desenvolvimento do Sistema Capitalista

Para o autor deste artigo Manoel Ruiz, a Globalização analisada pelo lado econômico-financeiro teve seu início na década de 80, com a integração a nível mundial das relações econômicas e financeiras, tendo como pólo dominante os Estados Unidos. Para ele o lado positivo da globalização é o intercambio cultural e comercial entre nações, importante para todos os povos, os riscos reais, entre outros. E o lado negativo é que os povos ficam a cada dia mais interdependentes, porém os países desenvolvidos são os maiores beneficiados ficando cada vez mais ricos, enquanto os países em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Então, para ele algumas medidas devem ser tomadas para tentar mudar este quadro.

Globalização ou mundialização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta, também denominado "aldeia global". As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, radio, TV, internet e outros meios de comunicação, o mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, o atentado ao World Trade Center (as torres gêmeas), a invasão americana ao Iraque, quem não assistiu o Brasil penta campeão mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da a impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano sofre influência direta dessa Globalização.

RUIZ, Manoel. Globalização, out, 2003. Disponível em: http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=123

Etapa 3 - a) Histórico do Processo de Globalização e o Desenvolvimento do Sistema Capitalista: Globalização econômica: um processo histórico

O objetivo da pesquisa da Drª Rosângela de Lima Vieira, é analisar o processo da globalização econômica na longa duração caracterizada por ela de elementos estruturais e conjunturais. Dentre os elementos estruturais destacam-se a constante ampliação do mercado internacional; o desenvolvimento das esferas da circulação e produção de mercadorias; e o alargamento dos negócios financeiros. Logo notamos que ela considera que um dos fatores mais importantes desse processo de globalização é o rápido crescimento dos mercados financeiros, que se desenvolveu com uma grande autonomia.

A análise que ela apresenta, decorre do estudo das duas principais obras de Fernand Braudel: O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico à época de Filipe II e Civilização Material, Economia e Capitalismo – séculos XV a XVIII6. Onde analisa o período das grandes navegações, da conquista da América e do comércio oriental. Que para ela foi o inicio do histórico da globalização. Outro argumento no mesmo sentido constitui-se no desenvolvimento da esfera financeira do capitalismo. Sejam as Bolsas, por demonstrarem a atividade comercial tanto em larga escala como em longas distâncias, ou ainda o mercado do próprio capital.

Assim observa-se na análise de Braudel a característica de o capitalismo dominar as demais esferas sociais, políticas e culturais.


Cf. VIEIRA, R. “A globalização econômica: uma leitura conjuntural e estrutural”, in CORSI, F. L. et alli. (org).

Etapa 3 - a) Histórico do Processo de Globalização e o Desenvolvimento do Sistema Capitalista: Trabalho e Mundialização do capital - A Nova Degradação do Trabalho na Era da Globalização

Para falar sobre o histórico do processo de globalização e o desenvolvimento do sistema capitalista, consideramos o texto do Sociólogo, doutor em ciências sociais (UNICAMP), professor de Sociologia na UNESP/Marília, Giovanni Alves: "Trabalho e Mundialização do capital - A Nova Degradação do Trabalho na Era da Globalização".

O texto inicia com a seguinte afirmação: "capital é uma categoria complexa, com múltiplas expressões. Podemos dizer que ele é o valor em movimento, cujo processo de valorização, em seu andamento frenético e desesperado, cria (e recria) a sociabilidade moderna". A partir desse pensamento podemos considerar que o capital é uma forma social, ou melhor, é produção da riqueza social, que surge como mercadoria, a forma dinheiro. Dinheiro esse que se valoriza. Que cria mais e mais dinheiro. Conforme citou uma vez o autor David Harvey em uma de suas obras: " Sociedade que almeja, com intensa e incansável pressão, "fazer" mais dinheiro. E que, sob as condições da mundialização do capital, tende a se autonomizar, sob a forma de capital financeiro, cujo fluxo contínuo tende cada vez mais a desprezar as restrições de tempo e de espaço. (Harvey, 1991)." 

Marx, em sua obra clássica, representou o movimento do capital, de "valor que se auto-expande. O que Marx procurou demonstrar é que o capital é um modo de sociabilidade humana, que cria (e reproduz) a cisão entre os produtores e suas condições de trabalho. É uma relação social de produção, um "fetiche" social, criado pela ação humana, mas que uma vez criado, adquire uma forma objetiva e autônoma, regido por leis próprias (cuja personificação sob a mundialização do capital é representada em nossos dias, pelo capital financeiro).


Nesse caso, estamos tratando de um nível de apreensão mais geral (e mais elevado) da modernização capitalista que permite discernir apenas o movimento de um único "sujeito" - o capital em geral. A partir daí podemos compreender o cerne íntimo do processo sócio-histórico do capitalismo moderno, onde o movimento do capital, do "valor que se auto-expande", em seu processo contraditório, tende a incrementar um complexo de inovações sociais, políticas, tecnológicas e culturais.

Lendo esses três primeiros parágrafos, notamos algo interessante entre as opiniões desses autores. Os autores tratam, do histórico do processo de globalização, através da análise de que é o capital é um modo de sociabilidade humana, da nova organização da economia internacional. Em uma só frase, da vontade de se fazer mais dinheiro. Ou ainda, o período da mundialização do capital que caracterizada por um novo regime de acumulação predominantemente financeira (Chesnais, 1994).

Muitos autores consideram o surgimento da globalização nas inovações sociais, políticas, tecnológicas e culturais que atingem o capitalismo mundial a partir dos anos 70, as modificações radicais em processos de trabalho, hábitos de consumo, configurações geográficas e geopolíticas, poderes e práticas do Estado, etc. A verdade, é que existe uma polêmica sobre se presenciamos uma ruptura ou não, se estamos diante de transformações sólidas ou reparo temporário na configuração capitalista.

John Kenneth Galbraith, por exemplo, diz que é da própria natureza do capitalismo passar por altos e baixos. "O capitalismo alterna momentos de pessimismo e otimismo. É preciso aprender a lidar com isso. A instabilidade veio para ficar. Vejo isso como uma característica do sistema, contra a qual pouco podemos fazer ("Não há nada a fazer", Exame, 29.03.1995)". Nesse contexto, vemos que o interesse pela globalização está no interesse em adquirir capital, portanto, fazer dinheiro, e que quando se está no meio do sistema, há riscos que podemos correr.



ALVES, Giovanni. Trabalho e Mundialização do capital - A Nova Degradação do Trabalho na Era da Globalização, Editora Praxis, 1999.

Etapa 3 - a) Histórico do processo de globalização


"A globalização favorece o capital."


Ignacy Sachs, diretor do Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.

China X Japão: simples integração comercial ou poderosa?



"A crença de que a economia possa funcionar de forma independente do restante da sociedade, conduz a vida política de forma a reduzir o mundo ao violento embate entre uma economia globalizada, centrada nos países mais poderosos, e a um integrismo cultural autoritário _ que fala em nome de culturas ameaçadas por essa globalização _ cuja aparência é a de um novo imperialismo."


Alain Touraine, sociólogo, em artigo publicado em 17 de novembro, na Folha de S.Paulo.

Romi afirma estar em busca da globalização

Na última semana, o presidente da Indústrias Romi, Livaldo Aguiar dos Santos afirmou ao DCI que está se globalizando. Este processo teve início em julho de 2008, no período anterior à crise, quando adquiriu a empresa italiana Sandretto, especializada no desenvolvimento de máquinas injetoras sopradoras de plástico. Este ano, a empresa quer ampliar a sua atuação no mercado internacional. "Definimos critérios para elencar projetos que nos fazem sentido no nosso processo de planejamento estratégico e a visualizamos a norte-americana Hardinge como uma complementação bastante forte para as nossas necessidades", explica.

A Hardinge tem presença nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, com um escritório em Xangai no emergente mercado chinês e outro em Taiwan, o que ajusta totalmente à necessidade da Romi de globalização, ou seja, mercados emergentes como o Brasil e Ásia estariam 100% cobertos e a Romi também estaria pronta para atender num segundo momento quando os mercados maduros voltarem a crescer. Isso que é integração!

Link para a notícia: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=322764&editoria=

Etapa 2 - c), d) e) - Principais Argumentos apresentados por FHC, Revista Veja e Otávio Ianni

Com a leitura da conferência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o  texto “A roda global” da Revista Veja, e da entrevista com o sociólogo e professor Ótavio Ianni, todos da década de 90, elaboramos este post com os principais argumentos apresentados por esses três autores e sua relação com as diferentes perspectivas teóricas para a globalização.

Na conferência do Ex Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso em Joanesburgo, África do Sul, ficou clara as intensões do Brasil, quando diz que neste universo de comunicações instantâneas, e altamente seletivas, não haverá outra alternativa para os dois países que não seja a de, construir com paciência os canais de compreensão mútua. O marco da globalização é uma moldura estreita para dar conta das situações sociais de cada país, para explicar modos de inserção no capitalismo contemporâneo. Sem um conhecimento dos limites de globalização e da relevância da especificidade das histórias nacionais, qualquer análise fica imperfeita, prejudicada. Nesse sentido, cabe uma palavra sobre o papel do Estado. A globalização não fornece elementos suficientes para situar o Estado no desenvolvimento de cada sociedade. Em geral, tende a diminuí-lo, a vê-lo, no limite, como simplesmente cumprindo funções de gestor das finanças públicas, no plano doméstico, e de negociador de tarifas sempre mais baixas, no plano internacional.

De certo modo, o Estado deve, em vez de enfraquecer-se, antes fortalecer-se para que seja instrumental na promoção do desenvolvimento. Além das funções clássicas, como segurança, saúde e educação, o Estado tem de atender, no marco da democracia, a demandas crescentes, por mais eqüidade, por mais justiça, por um meio ambiente saudável, pelo respeito aos direitos humanos. Para FHC, um Estado coeso e organizado, portanto forte, terá melhores condições de atender às necessidades oriundas da própria globalização. Ele completa dizendo: " O Estado deve refinar-se, tomar-se mais agudo e mais aberto, porque o espectro de temas com que lida é mais complexo e difícil. Estamos longe da morte do Estado, como alguns profetizaram. Mas, precisamos de um Estado diferente do que, até hoje, existiu".

Para FHC, seria um erro grosseiro enxergar a globalização como resultante exclusiva das forças de mercado. Porque os governos têm como influenciar a direção destes processos. Não podem renunciar a este papel em nome de uma falsa ideologia do mercado.

No texto apresentado pela revista Veja, notamos uma visão ultraglobalista ao analisar os impactos da globalização. De acordo com a matéria, o mundo passou por mudanças significativas, principalmente na àrea econômica, conforme afirma o seguinte trecho: "Globalização e um processo de aceleração capitalista, num ritmo jamais visto, em que o produtor vai comprar matéria-prima em qualquer lugar do mundo onde ela seja melhor e mais barata (REVISTA VEJA, 1996)."  Desta forma ocorre então, o que o autor denomina de “Entrelaçamento Econômico”. Outra característica é o aumento da velocidade das transações financeiras. Também não poderia ser diferente, com toda a facilidade hoje de ir para qualquer parte do mundo, só poderia trazer maiores transações comerciais.

O trecho a seguir, confirma bem essa facilidade: "Com a globalização, a vantagem de localização que um país tinha na produção de algum bem passa a ser ameaçada pela competição internacional. Se o brasileiro não tem preço competitivo, perde mercado para uma empresa da Índia. Mas, ao mesmo tempo que traz riscos, a globalização cria oportunidades. A única barreira que fica entre países e empresas é a da competência." Realmente, a única barreira que resta aos países é a força de capacidade que cada um possui diante do mundo. O autor completa dizendo que o conceito de globalização se presta a disputas e torcidas, sempre!

Apesar de toda essa conectividade global, o autor aponta alguns pntos negativos da globalização. Ele afirma que o Estado está ficando cada vez mais sem recursos, enquanto que as grandes corporações possuem recursos de sobra, e com isso, quem faz as grandes decisões econômicas são as corporações, e não os Estados. O autor ainda explica que na década de 70 as empresas dependiam dos governos, e hoje em dia ocorre o contrário, são os governos que dependem das empresas, pois através delas conseguem atrair para o Estado muitas riquezas, empregos, desenvolvimento tecnológico, novos aspectos culturais, sociais etc.

Outro aspecto negativo da globalização apontado, é o desemprego em escala global, que o autor chama de “desemprego estrutural”, pois com o avanço da tecnologia muitos serviços de mão-de-obra foram substituídos por máquinas, o que acarretou no desemprego. O desemprego também está presente no fato do Estado buscar mão-de-obra e matéria-prima em outras regiões que sejam mais baratas, e assim gerar desemprego em seu Estado local. Posso buscar mão-de-obra na China e produzir muito mais por muito menos.

Por fim, a matéria com o sociólogo e professor Otávio Ianni identificamos uma tendência transformacionalista com forte influência ultraglobalista, pois ele afirma que “a globalização é um fato indiscutivel, com complicações não só econômicas, financeiras e tecnológicas, mas também políticas, sociais e culturais" e, ao mesmo tempo define as empresas transnacionais como extremamente poderosas a ponto de influenciar, os governos de diversos países.

Ianni concorda que o crescente desemprego no mundo deve-se às inovações tecnológicas, eletrônicas e robóticas do mundo global, mas o trabalho não está em declinio, o que ocorre é uma “potencialização da atividade produtiva". E para ele, é fundamental que os jovens compreendam quais são suas perspectivas no espaço do mercado, no espaço da profissionalização, para que assumam como cidadãos algum tipo de papel no debate sobre os problemas da sociedade. Para que entendam que o mundo está em constante mudança, é de maior importância estar conectados e atentos a estas alterações.

Ele completa dizendo que o capitalismo está em nível muito alto. E ele tem razão, porque o capitalismo vem realmente de muitos antes, desde as antigas expedições, do descobrimento das américas por exemplo.












 

sábado, 3 de abril de 2010

Principais Pressupostos das Teorias da Globalização

fonte: própria

Etapa 2 - a) Principais Pressupostos das Correntes Teóricas sobre globalização: os Céticos

Globalização para os céticos é algo sem precedentes. Para eles, o Estado mantém a sua autonomia e capacidade reguladora. Eles afirmam que no cenário internacional não houveram mudanças significativas. É uma forma de dizer que os Estaods não possuem mais a responsabilidade. Quando os céticos falam sobre economia global, afirmam que mesmo havendo integração regional, as empresas continuam vinculadas aos Estados. Eles alegam que, a abertura do mercado era maior do que é hoje. Isso é possível de acreditar?

Featherstone (1996)considera que o processo de globalização pode passar a idéia de que o mundo é um lugar único, com aumento de contato entre as diferentes localidades. Ressalta a importância do diálogo entre nações, blocos e civilizações que considere as relações de interdependência e correlações de poder como forma
de tentar superar as dificuldades.

Como poderiam estar vinculadas somente aos Estados? Mesmo que ainda não exista uma corrente de pensadores que conseguem sintetizar o melhor dos dois mundos, céticos e globalistas, afirmar que globalização é apenas uma questão de retórica é um tanto descrente. Não é mesmo? Aos céticos, o comércio exterior não é tão expressivo para dizer que todos os mercados estão globalizados. Além de acreditarem no fundo, que globalização não é algo real.

Etapa 2 - a) Principais Pressupostos das Correntes Teóricas sobre Globalização: os Transformacionalistas

Os transformacionalistas adotam uma visão intermediaria. Consideram a globalização como um conjunto de mudanças que alteram as sociedades modernas, sendo que inúmeros padrões tradicionais continuam a existir assim como algum poder por parte dos governos nacionais. A globalização é um processo descentrado e reflexivo caracterizado por uma série de ligações e fluxos culturais que operam de forma multidirecional sendo um produto de inúmeras redes globais interligadas. Denfendem que os países se resstruturam para responder às novas forças de organização social e econômica.

De uma forma simples e geral, os transformacionalistas, embora visualizem a globalização como um processo contraditório, acreditam provocar alterações profundas na atual ordem mundial, influenciando as relações sociais, políticas, econômicas e culturais, inclusive na vida doméstica. Incluem em seu debate temas como Integração, Regionalismo, Organizações Internacionais, Direitos Humanos e Meio Ambiente.

Para a corrente transformacionalista, a alteração na capacidade do Estado não significa que ele perdeu sua capacidade, mas que esta foi reduzida devido aos novos itens em sua agenda, que seguem de acordo com a conjuntura internacional, incluindo ‘novos’ problemas com os quais o Estado não pode resolver sozinho, o que tende a gerar uma série de associações, blocos e regimes internacionais.

Anthony Giddens explica que no entendimento dos transformacionalistas, a globalização é uma força de reordenação das relações inter-regionais e das ações à distância, que está transformando o governo e as políticas mundiais, pois é um processo aberto e dinâmico que está sujeito à influência e à mudança. A ordem global está se transformando (na esfera econômica, política, cultural e pessoal), mas velhos modelos ainda restam, e os governos ainda detêm bastante poder apesar do avanço da interdependência global.

Etapa 2 - a) Principais Pressupostos das Correntes Teóricas sobre Globalização: os Ultraglobalistas

Os ultraglobalizadores consideram a globalização como um processo que é indiferente às fronteiras nacionais estabelecidas, ou seja, que conduz a um mundo sem fronteiras, um mundo em que prevalecem as forças de mercado e com capacidade de reduzir o papel dos governos nacionais. Os ultraglobalizadores que fazem a apologia da globalização são sobretudo nada mais, nada menos que partidários neoliberais dos mercados livres e globais, que vêem no funcionamento dos mesmos a garantia de um crescimento económico ideal e o caminho, mesmo que a longo prazo, de alcançarem melhores níveis de vida para todos.

É interessante lembrar que os ultraglobalizadores adotam uma visão da globalização completamente oposta aos céticos, defendendo que a globalização é um fenômeno bem real e suas consequências se fazem sentir por todos os lados.

Segundo estes autores a globalização é um processo indiferente às fronteiras nacionais que afeta tudo e à todos sem exceção, e que afeta muito o papel do Estado-Nação que deixa de controlar as suas economias graças à liberalização e desregulamentação do comércio mundial. Orgazações supra-nacionais como a UE ou a OMC ou até mesmo ONG’s têm tido um papel preponderante na definição de políticas mundiais.

As relações econômicas passaram a ser comandadas pelas empresas transnacionais e outros atores, ou seja, o Estado perdeu poder político e econômico. Com a flexibilização das fronteiras nacionais, os mercados globais passaram a controlá-las. Um autor que acredita que o Estado perdeu poder político por exemplo é Ohmae, que considera que chegaram ao fim os Estados nacionais e suas fronteiras. Desaparece o papel do Estado como condutor das relações internacionais.

Outro autor que pode-se considerar um ultraglobalista é Thomas Friedman, que considera que o Estado não deixa de existir, mas passa a ter uma importância secundária. Passa a exercer a função de facilitador do processo de globalização. A preocupação central deixa de ser a segurança dos cidadãos e passa a ser identificada com a maximização dos ganhos e o desenvolvimento econômico. Há a idéia de Estado mínimo, ou seja, dá espaço para o mercado regular a economia e o deixa livre para atuar no processo de distribuição do capital.

Etapa 2 - a) Principais pressupostos das correntes teóricas sobre globalização: os Céticos

No emaranhado das tentativas de definição sobre o que é a globalização — e nesse artigo apenas sugerimos algumas —, é possível identificar, de acordo com David Held e Antony McGrew (2001), duas grandes correntes de interpretação: os globalistas e os céticos.

Os primeiros entendem que a globalização é um processo real e profundamente transformador; os segundos consideram exagerado esse diagnóstico e, por essa razão, afirmam que é bastante mais complicado compreender verdadeiramente as forças que estão modelando a sociedade atual e também as opções políticas que se apresentam no cenário mundial.

Não é difícil reconhecer que essa disjuntiva entre globalistas e céticos expressa um dualismo bastante tosco e se baseia em interpretações contrapostas extraídas de argumentos e opiniões que, em muitos casos, podem ser entendidas como aproximáveis. Essa disjuntiva dá base, portanto, a uma configuração de dois tipos ideais, úteis do ponto de vista analítico e investigativo para indicar áreas de consenso e disputa em torno da questão central, a globalização.

Apesar das suas imensas diferenças — que mencionaremos em seguida —, ambos os lados compartilham algumas avaliações comuns a respeito da realidade atual. Seguindo a Held e a McGrew (2001), podemos destacar pelo menos cinco pontos de convergência:

[1] ambos consideram que, nas últimas décadas, ocorreu um notável crescimento da interconexão econômica dentro das regiões e entre elas, ainda que com conseqüências multilaterais e desiguais em diferentes comunidades;

[2] a competição (política, econômica e global) inter-regional e global desafia as velhas hierarquias e gera novas desigualdades de riqueza, poder, privilégio e conhecimento;

[3] os problemas transnacionais e transfronteiriços, tais como a extensão da produção de alimentos geneticamente modificados, a lavagem de dinheiro e o terrorismo global, têm demandado crescente protagonismo, colocando em questão diversos aspectos do papel, das funções e das instituições tradicionais de prestação de contas dos governos nacionais;

[4] expandiu-se a governança internacional nos âmbitos regional e global — da União Européia à OMC —, o que coloca importantes questões normativas sobre o tipo de ordem mundial que se está construindo e quais são os interesses a que ela serve;

e [5] esses desenvolvimentos exigem novas maneiras de pensar sobre a política, a economia e a mudança cultural; exigem também respostas imaginativas por parte dos políticos e dos gestores sobre as futuras possibilidades e formas de regulação política efetiva e de controle democrático.

Apesar do reconhecimento, por parte dessas duas correntes, de que existe um processo agudo e profundo de mundialização, seria importante, contudo, demarcarmos as diferenças entre globalistas e céticos, pelo menos no que se refere aos elementos centrais da divergência entre ambos.

Para os céticos, o que se entende por globalização não é mais do que um conjunto de processos de internacionalização, isto é, um crescente vínculo entre economias e sociedades nacionais essencialmente distintas, de regionalização e de “triadização”, ou seja, de agrupamentos geográficos e econômicos transfronteiriços que estruturam atualmente os pólos econômicos mundiais hegemonizados por EUA, Europa e Japão. Os céticos chamam a atenção para o fato de que a história da humanidade já vivenciou processos como esses e argumentam também que há um claro descompasso entre o discurso da globalização e um mundo no qual a maior parte da vida cotidiana das pessoas está dominada por circunstâncias nacionais e locais. Por fim, para os céticos, a globalização é uma construção mitológica necessária no sentido de “justificar e legitimar o processo global neoliberal, ou seja, a criação de um mercado livre global e a consolidação do capitalismo anglo-americano nas principais regiões econômicas do mundo” (Held & Mcgrew, 2003).

Disponível em: http://www.acessa.com/gramsci/?page=visualizar&id=728

Cultura Globalizada

A globalização cultural é tomada como ideologia fundamental de um plano de instrução de formação que tomará conta do planeta, que resultará na configuração de um mundo integrado e organizado no modelo de um gigantesco Estado-Nação. Essa visão é polemica internacionalmente. Não se pode transformar o mundo sem ver o desenvolvimento da informática, robótica, comunicações por satélite, Internet e modernos meios de transporte. O clima de euforia flui como no século 19, com as maravilhas inventadas nessa época. É natural que esse mundo transformado pela internacionalização, aflora a empolgação da comunidade integrada. Uma das características importantes do que se entende hoje por cultura global é justamente a maior visibilidade de manifestações étnicas, regionalistas ou vindas de sociedades excluídas. Talvez as nações ocidentais jamais viram na contingência de conviver com a diversidade cultural no interior de suas fronteiras. As “Terceiras Culturas” são um conjunto de práticas, conhecimentos, convenções e estilos de vida que desenvolvem de modo a se tornar cada vez mais independentes dos Estados-Nação. Formam se em diversas áreas e colocam em conflito idéias em que as vítimas periféricas têm apenas duas alternativas: deixar-se subjugar ou erguer forças para evitar sua incorporação à modernidade ocidental. Se encontra em curso uma nova etapa da internacionalização.
Conforme o sociólogo alemão Ulrich Beck¹, com o termo globalização são identificados processos que têm por conseqüência a subjugação e a ligação transversal dos estados nacionais e sua soberania através de atores transnacionais, suas oportunidades de mercado, orientações, identidades e redes. Por isso, ouvimos falar de defensores da globalização e de críticos à globalização, num conflito pelo qual diferentes organizações se tornam cada vez mais conhecidas. Não há dúvida de que o mundo é cada vez mais percebido como um lugar; não há dúvida que as culturas nacionais geram uma cultura global, em que os indivíduos dos quatros cantos do planeta podem se reconhecer; não há dúvida de que essa cultura global surge da intensificação dos contatos entre povos e civilizações vinculados à expansão econômica e técnica.

Disponível em: http://www.admpga.hpg.ig.com.br/page14.html

Etapa 1 - c), d), e) - Globalizaçã é isso




E tem a crise nas bolsas. Globalização é isso. Os EUA soltam um espirro, a bolsa cai em Frankfurt! No Brasil, etc..

Etapa 1 - c), d), e) - A globalização aproximou as nações e os mercados

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. Essa integração mundial se deve em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial. O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios. Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo. Como apresentado na matéria da revista Veja do dia 03 de abril, onde comenta-se sobre o lançamento de um novo iPAD da Apple. Em um primeiro momento, os consumidores apenas poderão adquirir a versão do iPad que possui um receptor de Internet Wi-Fi, até que chegue ao mercado a versão com tecnologia 3G, que conta com uma conexão direta à Internet. O computador com tela sensível ao toque de 24,6 cm (na diagonal) permite assistir vídeos, escutar música, jogar, escrever e-mails e ler livros eletrônicos (e-books). Também permite acesso a quase 140 mil aplicativos da loja da Apple criadas para o iPhone. É incrível como o mundo está consumido por novas tecnologias.

Link para a notícia: http://veja.abril.com.br/agencias/afp/veja-afp/detail/2010-04-03-982890.shtml

Etapa 1 - c), d), e) - Barack Obama afirma ver a luz no fim do túnel da crise nos EUA




Link para o vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1241235-7823-BARACK+OBAMA+AFIRMA+VER+A+LUZ+NO+FIM+DO+TUNEL+DA+CRISE+NOS+EUA,00.html

Etapa 1 - c), d), e) - GM paga dívida com Tesouro dos EUA

"Daqui para frente, nada que venha a acontecer em nosso planeta será um fenômeno espacialmente delimitado (Ulrich Beck). A partir desse pensamento, à respeito das consequências da globalização, podemos analisar o quanto uma ação gera uma reação quase que imediato aos demais. A GM esta semana pagou sua dívida com o tesouro, conforme mostra notícia no link abaixo. O dinheiro veio de um pacote de US$ 700 bilhões que o Congresso aprovou em outubro de 2008 em meio a pior crise financeira que os Estados Unidos atravessaram. Imaginem se a GM quebra? O que seria das fábricas que estão instaladas no mundo todo? Pagando o que deve, nenhum país sofrerá alterações com preços dos produtos e também com desempregos.

Link para a notícia: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1555573-9356,00-GM+E+HARTFORD+PAGAM+DIVIDA+COM+TESOURO+DOS+EUA.html

Etapa 1 - c), d), e) - Venezuela e Rússia fecham acordo petrolífero bilionário no setor petroleiro

Como David Held argumenta, a globalização sugere um aprofundamento dos fluxos globais, como também a existência das relações inter-regionais, fazendo com que na verdade haja uma ampliação do comércio e que as atividades inerentes a este atravessem as fronteiras nacionais. Desta forma, acordos surgem para que possibilitem o crescimento do comércio, como mostra uma matéria postada no site do globo.com esta semana. Vemos que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, formalizaram um acordo petrolífero bilionário, nesta última sexta-feira, para a criação de uma empresa binacional de produção e extração de petróleo. O governo russo adiantou o pagamento de US$ 600 milhões ao governo venezuelano, como parte da entrada de US$ 1 bilhão que deve ser entregue para a constituição da empresa binacional. Esta é uma iniciativa positiva, já que o governo venezuelano enfrenta uma dura crise interna devido à escassez energética provocada pela longa estiagem.

Link para a notícia: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1555621-9356,00-VENEZUELA+E+RUSSIA+FECHAM+ACORDO+PETROLIFERO+BILIONARIO+NO+SETOR+PETROLEIRO.html

Etapa 1 - c), d), e) - Obama diz que deve seguir aumentando pressão sobre Irã

Como bem afirma Held que os acontecimentos locais acabam afetando os sistema global e vice-versa, a seguinte matéria, postada em uma entrevista à rede CBS, diz que o líder americano, quer ver uma quarta rodada de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU aprovada "em semanas". O presidente americano reiterou que "todos os indícios apontam que os iranianos estão tentando desenvolver a capacidade para criar armas nucleares". Depois disso, o Teerã decidiu frear ou limitar sua atividade para evitar mais sanções. Isso mostra que decisões de alguns, influenciam outros.
"Não tiramos nenhuma opção da mesa, mas vamos seguir aumentando a pressão e avaliar como reagem. Vamos fazer isso com uma comunidade internacional unida, o que reforça muito mais nossa posição", destacou o governante. De acordo com a Casa Branca, o presidente americano ressaltou que a cúpula será uma "grande oportunidade" para os EUA e para a China de conversar sobre o objetivo compartilhado de frear a proliferação nuclear e proteger o mundo do terrorismo atômico.

Link para notícia:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4355811-EI8141,00-Obama+diz+que+deve+seguir+aumentando+pressao+sobre+Ira.html

Etapa 1 - c), d), e) - Sarkozy critica globalização e apoia plano de Obama em Davos

Presidente francês fez discurso no Fórum Econômico Mundial.
EUA querem aumentar controle estatal sobre instituições financeiras.


David Held menciona que a globalização é conceituada como ação à distância [como colado em postagem anteriormente], quando ele afirma isso, quer dizer que os efeitos dos agentes de uma parte do globo podem ter influência em locais distantes. Eu aqui no Brasil decido criar um novo imposto para importação, logicamente atingirá outros países com essa decisão. Na matéria descrita no site do G1, o presidente da França, Nicolas Sarkozy apoiou o plano do presidente norte-americano, Barack Obama, para restringir o tamanho e as operações dos bancos dos EUA. Sarkozy destacou a necessidade de redefinir e reinventar o capitalismo e a globalização. A crise financeira e a recessão econômica que se seguiu foram, segundo ele, "não foi só uma crise global, mas uma crise na e da globalização". Desta forma, o capitalismo precisa se tornar menos consensual. Os banqueiros devem se concentrar nos empréstimos e reduzir seus salários, assim os países que deliberadamente desvalorizam suas moedas poderão desencadear uma resposta protecionista.

Link para notícia: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1465498-9356,00-SARKOZY+CRITICA+GLOBALIZACAO+E+APOIA+PLANO+DE+OBAMA+EM+DAVOS.html

Etapa 1 - c), d), e) - Globalização produz desemprego

Um novo estudo encomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que o atual modelo da globalização deve ser reformado urgentemente para atender melhor as necessidades das populações mais pobres.

Há desequilíbrios no atual funcionamento da economia global, que são eticamente inaceitáveis e politicamente insustentáveis. Vista pelos olhos da vasta maioria dos homens e mulheres, a globalização não atendeu às suas simples aspirações por empregos decentes e um futuro melhor para seus filhos. Segundo David Held um dos conceitos de globalização é o processo de diminuição da importância das fronteiras, principalmente para a economia. Se for assim, o atual modelo de globalização realmente precisa mudar urgentemente! Pois a questão do emprego, por exemplo, é central para qualquer estratégia de ampliação dos benefícios trazidos pela globalização. Então perguntamos: Isso é uma globalização justa? A matéria destaca que o desemprego no mundo atingiu o seu recorde histórico, com 185 milhões de desempregados no planeta e o crescimento desenfreado da economia informal. Está na hora de colocar na balança o que é benéfico à todos, não é?

Link para notícia: http://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/story/2004/02/040224_globalizacaoms.shtml

Etapa 1 - c), d), e) - GLOBALIZAÇÃO E EXCLUSÃO

A globalização, é uma realidade mais que inevitável: Globalizamos os carros, as roupas, a música, o idioma, as empresas, a cultura! A unificação dos processos proporciona a sociedade a agilidade das informações, a troca de tecnologias, a internacionalização da economia, o avanço dos meios de transportes, a difusão do modelo de mercado capitalista, mas por outro lado impõe regras e padrões definindo qual será a ordem econômica da vez.

Este mundo moderno, enganosamente homogêneo é o berço para muitos cidadãos que vivem abaixo da linha de pobreza, as desigualdades entre as nações e classes sociais são berrantes, são milhões os brasileiros que vivem à margem da sociedade, excluídos, subempregados e vitimados pela miséria. Infelizmente, essa prática planetária não contribui muito para uma melhor condição de vida aos seres humanos, e muito menos para a construção dos alicerces de uma sociedade mais socialmente igualitária.

A globalização socialmente vista, apresenta sinais de ser cada vez menos inclusiva, aumentando a distância entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos quanto a distribuição de riqueza, renda e emprego.

O etnocentrismo esta cada vez mais presente. Aquela idéia de que meu país é melhor, minha cultura é mais inteligente, minha moeda é mais forte tem proporcionado a exclusão de povos que não puderam se unir ao modelo de vida capitalista (aliás, o modo de vida capitalista só sobrevive se houver exclusão).

A repressão das infrações à ordem econômica nos tempos atuais, é o retrato de que o mundo não está mais tolerante às particularidades, e que aqueles que não se enquadrarem no sistema serão fortemente punidos com privações, boicotes e ataques das mais diversas formas.

A ordem econômica é mantida pelos países de maior triunfo financeiro, que por serem potências, tem a possibilidade de estabelecer o que é bom ou não para o mercado mundial, o perigoso disso tudo é que o que é interessante para os países de primeiro mundo, nem sempre ou em sua maioria não são interessantes para os países em desenvolvimento. A abertura da economia (que é um processo irremediável) gera índices de desemprego cada vez maiores, distanciando ainda mais as classes sociais. A modernização das máquinas, processos, tecnologias ameaçam a força de trabalho humana.

Os países que não acompanham as constantes mudanças do mercado financeiro, não conseguindo seguir a ordem econômica imposta são reprimidos, marginaliza-dos e excluídos.

Hoje, os países desenvolvidos, para evitar prejuízos financeiros, estão agindo com protecionismo aos seus produtos, impedindo a entrada de material estrangeiro em seus territórios, o mais trágico é que os países subdesenvolvidos por mais medidas que tentem tomar estão sendo vencidos pelas nações financeiramente soberanas - como sempre. Desta forma, observamos que a globalização "é para quem pode e não para quem quer", pois sempre que os países de maior poderio sentirem-se ameaçados, imediatamente fecharão suas portas para o livre comércio, ao passo que os países economicamente fracos não têm poder suficiente para fechar suas portas ao comércio internacional. Esta claro que os que se atreverem a recusar à ordem econômica serão cruelmente massacrados, não necessariamente com bombas mas com bloqueios das mais variadas maneiras.

O mundo hoje esta cego para suas riquezas. O tesouro que carregamos está na diversidade dos povos, da cultura, da moeda, da música, das roupas. A criatividade positiva existe quando aos homens é dada a liberdade de ação, a possibilidade de criação para a melhoria dos processos que envolvem a sua vida, quando o homem é privado desta liberdade, os conflitos vêm à tona, os problemas de relacionamento se tornam uma constante, a lutas acontecem para alcançar os direitos que pertencem ao homem antes mesmo de seu nascimento. É necessário atentar-se que atrás de dólares e euros existem pessoas.

Repreender aos que não seguem à ordem econômica é uma violação dos direitos de livre arbítrio, um desrespeito a vontade e uma agressão a liberdade dos povos.
Devemos ter sempre em foco que somos globalizados porque vivemos no mesmo mundo, mas somos diferentes e buscamos a variedade na cultura, nos costumes e na economia porque o mundo que compartilhamos tem espaço suficiente para abraçar as mais diferenciadas maneiras de viver.

CMI,Brasil. Globalização e Exclusão. Julho 17, 2007. Disponível em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/07/31953.shtml

Etapa 1 - c), d), e) - Não é exclusão?

Etapa 1 - c), d), e) -Tecnologia na Globalização. Todo o mundo participa?

O mundo passou por uma integração comercial importante, mas não podia trocar informações na velocidade e na quantidade de hoje. O preço da chamada telefônica caiu 90% entre os anos 70 e hoje, e a Internet pode barateá-la ainda mais. A comunicação global ainda não foi democratizada: A África tem menos de uma linha para cada 100 habitantes enquanto na América do Norte, Oceania e Europa a taxa supera 25 para 100 habitantes. Fusões de empresas da área da informática, telefonia e comunicação mudam o mercado da informação. Avanço tecnológico andou lado a lado com o fortalecimento do mercado financeiro. A indústria da telecomunicação vive uma explosão sem precedentes, somada ao barateamento e à popularidade da informática. Paralelamente, começa a se esboçar uma convergência entre a infra-estrutura de comunicação e a indústria da mídia, à medida que ambas se digitalizam. É essa conjunção que torna possível um mundo globalizado nos moldes de hoje. Três fatores vão derrubar ainda mais os custos de telecomunicação: 1) avanços técnicos que reduzem o custo da infra-estrutura; 2) o excesso de capacidade de transmissão internacional – que acaba transbordando para ligações de longa distância nacionais; 3) desregulamentação e erosão das margens de lucro. A queda dos monopólios de comunicação e a revisão dos acordos tarifários internacionais devem reduzir as altíssimas margens de lucro das empresas telefônicas. Embora as empresas não tenham chegado a achar um caminho para a convergência, a infra-estrutura se aproxima dela. Até pouco tempo havia uma distinção clara entre redes de telefonia, de dados e de broadcast (TV e rádio). A tendência é que telecomunicações, difusão de rádio e TV e transmissão de dados passem a circular indiferentemente por fibras óticas e satélites. Apesar das barreiras políticas e econômicas à integração das comunicações, do ponto de vista tecnológico os avanços nunca foram tão rápidos. Apontam para uma comunicação mais ubíqua, rápida e barata.

Link para notícia:

Etapa 1 - b) Consequências do Processo de Globalização para David Held

De acordo com Held, uma das conseqüências da globalização é o aumento das relações e atividades sociais que se dão além das fronteiras e regiões. Não somente David Held, mas também muitos outros autores, acreditam que são muitas as consequências da globalização. A redução das distâncias geográficas,transformações principalmente culturais, são exemplos. Porém, exise, uma outra consequência da globalização que é comsiderada negativa, a exclusão. Na medida em que os seus benefícios não alcança a todas as pessoas no mundo, e nõ garante união entre os povos podem surgir conflitos entre os povos. À medida que as atividades econômicas, sociais e políticas transcendem cada vez mais as regiões e as fronteiras nacionais, isso representa um desafio direto para o princípio territorial da organização social e política moderna... nas condições da globalização contemporânea, eles são inseridos em um contexto global e postos em competição cada vez maior uns com os outros." (HELD, 2001, p.22)

Etapa 1 - b) Principais conseqüências deste processo para Ulrich Beck

David Held caracteriza a globalização como uma forma de negar o conceito de "Estado mundial", pois, embora as sociedades estejam interligadas, elas não se unem, formando uma só. Ele deixa claro que "não há poder hegemônico ou regime internacional econômico ou político." Para ele a modernidade separa, cada vez mais, o espaço do lugar, ao reforçar relações entre outros que estão "ausentes", distantes de qualquer interação face-a-face.
A sociedade mundial, que tomou uma nova forma no curso da globalização - e isto não apenas em sua dimensão econômica - , relativiza e interfere na atuação do Estado nacional, pois uma imensa variedade de lugares conectados entre si cruza suas fronteiras territoriais, estabelecendo novos círculos sociais, redes de comunicação, relações de mercado e formas de convivência. Isto fica evidente em todas as colunas da autoridade do Estado nacional: impostos, atividades especiais da polícia, política externa, segurança militar." (BECK, 1999, p. 18). Vivemos numa sociedade global exposta a ameaças impossíveis de bloquear. De ora em diante, nada do que acontece no mundo é um evento somente local.
O processo da globalização entende que a máxima de “pensar globalmente e agir localmente” torna-se cada vez mais uma realidade. Por um lado, é cada vez mais forte a impressão que os povos possam governar-se não apenas sob um plano nacional,
mas igualmente através de novas instituições internacionais. Por que os problemas globais aparecem todos os dias com frequência. Ninguém pode produzir num âmbito global, literalmente falando. Mesmo as indústrias que produzem e comercializam globalmente seus produtos, devem desenvolver laços locais.